sábado, 15 de junho de 2024

O que diz o texto: 'A Arte e o Artista' nesta página do Jornal O Observador.

por Cleudimar Ferreira

Jornal O Observador. Ano I, jan e fev, 1956, nº 10. Acervo: Eduardo Pereira

Quando começou a ser publicadas na internet as primeiras informações sobre a vida social em Cajazeiras, no passado, vieram com elas um baú de imagens desfiguradas, amareladas, envelhecidas, porém significativas, carregadas de história e de fatos marcantes sobre diversos assuntos ligados à nossa cidade e as pessoas que nela vive e viveu.

Nesta imagem acima, de um periódico bimestral - “O Observador”que por sinal é de uma página inteira, em breve circulação em Cajazeiras entre os anos 1955-56, podemos ver que os conteúdos impressos nas suas folhas desse informativo, pareceu ser revessado entre as informações políticas, passando por notas sociais, assuntos sobre a educação, terminando com generosas referências a arte e seus produtores - no caso mais específico os artistas. tal como a folha em anexo mostra.

Particularmente nessa página de “O Observador” - jornal criado por José Pereira de Souza, revela que o comunicativo, que embora tenha circulado na década de 50, numa cidade de interior; apresentava uma boa diagramação e obviamente, um visual bem-organizado. Ou seja, de boa aparência gráfica, para uma época em que as gráficas do interior, nesse caso as de Cajazeiras, os recursos de impressão mais modernos que havia era os tipos gráficos e, em se tratando de recursos mais avançados, por exemplo o offset, apenas as gráficas dos grandes centros, com restrições, era possível ter.

A página de “O Observador”ocreada pelo tempo, doado por Francisco Sales Cartaxo a Eduardo Pereira - filho do editor desse antigo jornal cajazeirense, consta uma matéria (em destaque) com o título “A Arte e o Artista”, cujo texto ofuscado pelos anos de arquivo, é de difícil leitura. Escrito que venho tentando decifrar o seu teor há um bom tempo, mas sem sucesso. Entretanto, depois de várias tentativas de traduzir o que nela está escrito, essa semana, finalmente, consegui ler com maior contundência e reescrever mais de 90% do seu conteúdo.

Pode parecer ingenuidade minha, mas o meu interesse em saber o que a autor do texto na década de 50, escreveu sobre a atividade artística e a arte; está interligado com o meu interesse e preferência por assuntos ligados a arte e cultura. Nesse caso aqui, sobretudo o artigo “A Arte e o Artista” (destacado na imagem que ilustra essa postagem), a curiosidade era ler o que o jornalista, em janeiro de 1956, argumentou sobre a produção artística em Cajazeiras.

Registros indicam que entre as décadas de 1950 e 1960, a efervescência cultural da cidade, polarizava no intensivo movimento das artes cênicas, com surgimentos de fato, dos primeiros grupos de teatro amador, guiados pelo TAC - Teatro de Amadores de Cajazeiras, fundado em 1953, por Hildebrando Assis e seguido por Íracles Brocos Pires. Mas e as artes visuais, a dança e a músicas, como se comportou a produção dessas outras linguagens da arte nessas décadas?  

Portanto, será que o artigo “A Arte e o Artista”, em anexo na página acima do jornal “O Observador” dizia alguma coisa?  Quem tem interesse por arte, como eu, acho que queria saber. Sendo assim, veja a seguir o que como muito esforço eu consegui transcrever, do ilegível texto que a imagem digitalizada, desfocada, que esse arquivo de “O Observador” apresenta.

A  ARTE E O ARTISTA

Em sua concepção, sensu latos, dir-se-ia que a arte enquanto engenho é o próprio homem, sabendo-se, que a produz a faculdade de manifestação do espírito.

O certo é que, expressão peculiar e espontânea das tendências, deixaria de ser arte o que se poderia definir de travesti das vocações em si.

Ademais, restringir o sentido realmente da arte ao simples conceito do belo, seria o mesmo que limitar o homem a uma astuta escapatória de absurda alternativa. ser ou não ser racional com efeito, sem o uso da razão, o homem não seria homem e a arte não existiria. Logo, “to be, or not to be” não tem no caso uma aplicação aceitável, ou nem faz sentido de base com o conceito de homem-arte. 

Não tirar, pois a suprema criatura da natureza transformista: a sua propriedade, a sua qualidade, o uso direito, o seu dever e predicados mais que por si só possam definir, não apenas como fator estrutural, mas como faculdade superadora, em limites de plena ou de fundo.

O convencionalismo da arte, convenhamos, não encontra fronteiras. E as lacrimações   específicas do artista estão a esbarrar em manancial tão imensuravel quando as ramificações esquemáticas de toda sorte e ordem da atividade do homem.

Daí por que, onde quer que se encontre um ente humano, seja entre as asas de um Douglas a cortar o firmamento, seja na superfície das águas e da terra, ou do fundo dos oceanos; onde quer que se o encontre, aí haverá sempre a palpitar a alma enigmática de um artista, a esculpir ou a bordar a natureza em toda a sua extensão.

Ignorantes os peritos, rudes ou delicados, os artistas são sempre iguais na essência da própria desigualdade, como nas fácies que se esboça na imaginativa do cinzelador da natureza - o homem semideus.

O conceito de homem-arte, em suma, universalizar se em obstáculos de discrepância na ação individual. Por isto que, muitas vezes, influências estranhas adulteram facilmente as variedades concepções do artista, dando lugar a incoerências concorrentes; deformação da tela, claudicação do seu criador. O medíocre, neste particular, chega mesmo a perder a independência de ação e alta concepção, transformando-se em típico fantoche, (em paralelo ao quadro real da vida) quando servil a intrusões useiras e vezeira.

Simples aplicação inexperiente e prejudicial (e até preventiva) da tinta errada. Mas a fórmula, fica com o tempo que sempre se encarrega da devida colocação dos pontos nos “is”. E recomposição da verdadeira tela.

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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Fogueiras acesas, apagadas e até proibidas

Damião Ramos Cavalcanti



Sonhei festas juninas da minha infância, era-nos festa de criança, tal qual como acontecia. Na verdade, o sonho é um regresso às circunstâncias vividas e desejadas. Se muito desejada, torna-se quase realizada, processa-se uma espécie de litíase que até em sonhos provoca tropeços. Não tenho certeza de que gente, que perdeu a memória, sonhe. Acho que depende da pedra que se formou nos passados idos. Pois, o sonho é um regresso aos caminhos, também aos apenas intencionalmente caminhados. Tal sonho, embora materialmente curto, era longo, nada excluía, tinha de tudo: fogo, fogos, fogueiras acesas, apagadas e até proibidas.

Repito: era-nos uma festa de criança, dona da simplicidade, tudo mais simples do que simples, contudo, com muitas cores e alegria. O santo da festa era um menino, dificilmente visto nas igrejas. Junto ao seu carneirinho, representando o primo Jesus; e ele vestido de pele de camelo, que, nos tempos de adulto, teria profetizado: “Eis o cordeiro de Deus”; disse outras verdades e, por isso, teve a cabeça cortada por Herodes, naqueles mundos, onde atualmente Netanyahu bombardeia crianças palestinas... Tudo de criança, do primo de Jesus, com roupa da simplicidade, mãe das virtudes. E é por isso que Luiz Gonzaga canta: “Ai, São João, São João do Carneirinho (...) Fale com São José (...) Peça pro meu mio dar/ Vinte espiga em cada pé”.  Também pintam o santo, enrolado de espigas, o que é a reza por maior fecundidade da safra que, além de gostosas pamonhas e canjicas, dá lagartas, sabugos para currais, cabelos e palhas para bonecas de milho.

Comprar fogos era o presente dos pais aos filhos, com o insistente aviso: cuidado para não se queimar. Lembranças tenho da vizinha Célia, noiva de João, que acendeu a pistola e segurou na mão, ao inverso, a saída da explosão. Mão sangrando, tudo parou, até o dia seguinte. Mesmo no sonho, a meninada corria pouco perigo: traque, estrelinha, chuveiro e bomba chilena. Também as casas ostentavam seu status pelo preço e diferenças dos busca-pés, bombas estrondosas, foguetões e fogos de artifício, daqueles inventados pela China, mas já fabricados pelos fogueteiros de Pilar.

Menino buliçoso gostava de mexer com fogo, pulando fogueira, cutucando as brasas ou jogando nas labaredas o resto de papel e papelão dos fogos usados. Meu pai, que não gostava de gastar, repetia que “comprar fogos é como queimar dinheiro”. Ou “solta foguetões quem pode”. A quadrilha se reservava ao fim, como se fosse divertimento de adulto. Os filhos de quem não podia ficavam de braços cruzados, admirando essas brincadeiras.

No outro dia, Alice, colega no Grupo Escolar, filha de uma das lavadeiras da cidade, no rio Paraíba, levantava-se logo cedo, ainda com o vestido sujo pela “tirna” das fogueiras para catar, pelas calçadas, ainda com sinais da noite anterior, traques ou chumbinhos que não tinham estourado, e assim guardava-os numa caixinha para modestamente festejar o seu São João. O nosso festejo continuava com os poucos fogos que sobravam do primeiro dia. Acordado, lembro-me dessas coisas recordadas pelo sonho e pela vida e suas noites de festa, de cada uma delas. Vale reviver essas noites, somente à noite o São João é festa. Atribui-se ao poeta Petrarca que La vita el fin, e ‘l dì loda la sera ou “o fim louva a vida; e a noite, o dia” ...  

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conteúdo original divulgado em: https://www.recantodasletras.com.br/

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Filme ‘Cajazeiras Sitiada’, do diretor Janduy Acendino, é lançado; equipe técnica e artística é composta de pessoas da cidade sertaneja

O Grupo Tropa e Danças Regionais da cidade de Joca Claudino, participa do filme.

“Cajazeiras Sitiada” é o novo filme produzido inteiramente na cidade conhecida pela efervescência cultural no alto sertão paraibano com a equipe técnica e artística composta de pessoas da cidade. O filme foi rodado em três dias, durante o mês de maio, sob a direção do cineasta Janduy Acedino, e recupera um importante fato histórico que ocorreu na cidade.

Filme de curta-metragem narra um fato ocorrido em 28 de setembro de 1926 na cidade de Cajazeiras no alto sertão paraibano, onde o cangaceiro Sabino Gomes (braço direito de Lampião) e um grupo de cangaceiros sanguinários, invadiram a cidade, sitiando-a por mais de 6 horas. O terror e o medo se espalharam entre os moradores nesse episódio que marcou a história da cidade.

Devido a negativa de um ex-cangaceiro que não aceitou se juntar a Sabino Gomes, e a alerta dos moradores da cidade e um tenente da época, que juntaram poucos homens de coragem, foi possível montar uma tocaia que impediram os roubos e mais mortes na cidade. 

Mesmo tendo pesquisado, assistidos vídeos de pesquisadores como pesquisador e professor Francisco Pereira Lima, de ter lido o Carcará de Ivan Bichara e mais diversas matérias de blogs, o diretor afirma que: este curta não é uma aula de história, mas uma ficção, inspiradas em fatos e acontecimentos, adaptados para esse enredo do filme.

O curta metragem tem no elenco a maioria de atores cajazeirense que assumem o papel de protagonistas e coadjuvantes, como forma de valorizar e incentivar os artistas locais. Nas filmagens, estão Willame Loureço, Beethoven Dantas, Carrazera das Candinhas José Francilino, Rivelino Martins, Fernando Inácio, Pablo Diêgo, Deilson dos Santos, Aguinaldo Cardoso e a criança Vitor Benicio Rolim de Abreu, Kaka Venceslau e José Claudenor Venceslau. E a participação especial do Grupo Tropa e Danças Regionais da cidade de Joca Claudino.

Na área técnica, participam Janduy Acendino, roteiro e direção, Junior Imigrante na fotografia, Getúlio Salvíano no som direto, Crysmênia Rodrigues na Produção, Wellington Oliveira como assistente de direção, Jociana Cristina na Maquiagem, Mateus David no Gaffer e Haldemy Lima na Still.

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fonte: Conteúdo original do site: https://fonte83.com.br/

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Desabafo do sanfoneiro, ou como as bandas deturparam o que se conhecia como forró

por José Teles

Sanfoneiro Genaro ex - integrante do Trio Nordestino

Em 2002, nos 90 anos de Luiz Gonzaga, fui cobrir a festa no Exu. Teve shows na praça no Centro da cidade. A atração principal era Dominguinhos. Ele começou a cantar e, do outro lado da praça, uns agroboys, com as portas da camioneta abertas, tocavam bandas de fuleiragem a todo o volume. Foi a primeira vez que vi Dominguinhos irado. Ele interrompeu a apresentação, deu um esporro. Alguma autoridade local, não me lembro se a polícia, conseguiu o silencio, e o respeito, que Luiz Gonzaga e Dominguinhos mereciam.

Agora vejo cá no perfil @gonzagaonline o desabafo de Gennaro, um dos mais importantes forrozeiros vivos, ex-Trio Nordestino, que gravou com praticamente todos os grandes de gênero. Gennaro queixa-se de que não está tendo vez nos arraiais juninos, em que predominam bandas e intérpretes de lambada estilizada, que se dizem de forró, sertanejos, axezeiros e afins.

As bandas, surgidas no Ceará nos anos 80, foram formatadas pra copiar o Kaoma, armação de gringos, que estourou mundo afora, em 1988, com Lambada (Chorando se Foi). Morei alguns meses em fortaleza exatamente nesse tempo. As bandas nem tinham a ver com São João. Animavam bailes tocando lambada. 

Os vocalistas não tinham rosto. O empresário juntava dez doze músicos, que se revezavam no palco durante seis, cinco horas ininterruptas. Tinham carteira assinada. Ganhavam salários. Muitas vezes uma banda usava dois ou três nomes diferentes.

Entraram em cena quando Caruaru, Campina Grande, e outras cidades conhecidas pelos festejos juninos, resolveram fazer o “maior São João do mundo”. As bandas só tinham de forró, a sanfona (que fazia parte do instrumental da Kaoma), mas seus empresários descolaram um artifício para se inserir nesse novo cenário. Acrescentaram um “forró” antes do nome do grupo. O empresário mais empreendedor deles, fundou uma gravadora, uma rede de rádio, formou mais bandas. 

As rádios passaram a tocá-las nas suas programações. E logo, em pipocaram bandas em todos os estados nordestinos. A princípio foram rotulados de “oxente music”. Mas acabou pegando o “forró estilizado”, ou “eletrônico”, como se fossem o desenvolvimento do forró tradicional.

Ora, bem antes das bandas, no final dos anos 70, começo dos 80, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, já usavam metais em seus discos e shows. Em 1972, Luiz Gonzaga passou a tocar com guitarra e baixo elétricos e bateria. Mas empresários de muita grana investiram pesado nas bandas. 

Nos anos 2000 a Som Livre, a gravadora da Globo, contratou algumas bandas A partir de então, no Centro-Sul forró é a música das bandas. Ignoram os forrozeiros autênticos, uma geração talentosa que começou também no final dos anos 80.

Chamar estas bandas de forró seria o mesmo que chamar a axé de frevo. Felizmente isto não aconteceu, senão teríamos o “frevo raiz”, pra distingui-lo do frevo eletrônico baiano.

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sábado, 1 de junho de 2024

A Arte Descartável em Cajazeiras

por Cleudimar Ferreira

Capa/catálogo da exposição em agosto/1984. Acervo: Cleudimar Ferreira

No início dos anos oitenta, a arte brasileira, ainda saindo do estado de anestesia, procurava novos rumos. Um efeito provocado pela perseguição de uma estética, onde a expressão "inartístico" do carimbo, dos postais, heliógrafos, vídeo e fax, formaram quase na sua totalidade os elementos mais vistos nas galerias de artes dos subsequentes anos setenta.

Um impacto visual que começou a perder força para o pós-modernismo, que avançou rápido sobre as massas, inaugurando um novo estilo de vida permeado basicamente, pelo espírito consumista, hedonista e narcisista, de característica extremamente individualista.

Com essa apoteótica febre do pós-moderno, na Paraíba, o NAC - Núcleo de Arte Contemporânea, ligado a UFPB, despontava nos primórdios anos oitenta, como promotor de grandes exposições e oficinas de artes desse gênero em João Pessoa e estendidas também para o interior do Estado, nos centros com maior engajamento artístico, como foi o caso de Campina Grande e a cidade de Areia, através da realização do seu Festival de Arte.

Foi também nesse período que a Paraíba viu nascer, em 1983, a Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, que passaria a ser o principal órgão realizador de intensivos eventos culturais de proporções maiores - como referência; o Workshop Brasil-Alemanha, em 1991 e a gigantesca mostra de arte expressionista alemã, em 1992.

Em Cajazeiras, nos indecisos primeiros anos oitenta, foi instalado no campus V da UFPB, o Núcleo de Extensão Cultural - NEC, que passou a ter um caráter respondível na direção de quase todos os acontecimentos culturais de nossa cidade. Sob sua tutela, a sociedade cajazeirense viu surgimento em 1981, do primeiro intercâmbio de arte entre duas cidades - Cajazeiras e Campina Grande; viu também entre os anos de 1980 a 1983, a realização de sucessivas coletivas de artes plásticas na Biblioteca Pública Municipal.

Se os acontecimentos acima, reforça a tese dos antecedentes da pintura, que remontaram ao dadaísmo e ao pensamento de Marcel Duchamp, por serem ambos referência discriminatória a pintura, por ela representar o “bom gosto” da burguesia, O pós-moderno também sofreu suas modificações e passou a ter características marcantes, trazendo consigo traços de desmobilização e despolitização, se valendo de uso de materiais até então não convencionais a arte, como os descartáveis - no agora, protagonizados de recicláveis e passivos de serem aproveitados como objeto para a criação artística.

“Isso, porque já não se concebe uma limitação de só se expor obras em óleo, quando a arte brasileira anda cheia de alternativas e novas tendências de impacto visual e temático, que só evidenciam o seu potencial” afirmou, em 1984, a Artistas Plástica Telma Cartaxo, para justificar a realização da primeira exposição de Artes Descartáveis de Cajazeiras.

A exposição, como bem frisou Telma Cartaxo, se tornou naquele ano, em 1984, em um dos maiores eventos culturais do sertão e em especial de Cajazeiras, facultando a população a oportunidade de ver não os elementos da pintura propriamente dita, como a tela, as cores, os traços e linhas, mas observar um conteúdo composto de objetos e instalações, confeccionados a partir de papelão, linhas, madeiras, estopas e outros materiais geralmente descartáveis pelo comércio e a população cajazeirense. Foi algo inusitado para uma sociedade acostumada com a visão acadêmica que a pintura ainda revelava nas exposições anteriores, patrocinadas pelo setor de artes visuais do NEC.

Participaram da Exposição os artistas Gregório Guimarães, Marcos Túlio, Francisco Oliveira, Ricardo Figueiredo, Cleudimar Ferreira, Aldacira Pereira, Telma Rolim Cartaxo e Marcus Pê. A referida exposição foi realizada entre os dias 04 e 22 de agosto, na Biblioteca Pública Castro Pinto e teve o apoio da AUC - Associação Universitária de Cajazeiras, Funarte e Secretaria de Educação e Cultura do Estado.

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