por Linaldo Guedes
Uma cidade não se faz apenas
com cal e concreto ou com acontecimentos políticos e históricos. Ouso dizer que
o coração de uma cidade está na arte, na cultura. Quando viajo por esse Brasil
afora, busco ler os poetas, ouvir as músicas de seus compositores, ver o teatro
local. Através deles, conheço mais a alma daquela cidade, seus sotaques,
gostos,
manias e personagens, do que via qualquer compêndio de história.
O que mais encanta em
Cajazeiras neste período de Carnaval, para quem é devotado à cultura, são as
músicas feitas por artistas da terra. Ouvindo-as, nas emissoras de rádio e nos
blocos, sabemos um pouco mais sobre nossa terra e sobre seus principais personagens.
Vejam que nomes como Geraldo Nascimento, Maestro Dedé, Pintado, João Fubuia e
outros são temas de canções. Tais nomes dificilmente entrarão nos livros de
história local, mas serão lembrados sempre através da música, através da arte,
como até hoje lembramos de João de Manezinho sempre que ouvimos a canção
carnavalesca em sua homenagem.
Neste sentido, não há como
deixar de reverenciar esses compositores cajazeirenses que dão identidade local
às suas músicas. Nomes como Jota França, Tatico, Naldinho Braga, Mário Filho,
Júnior Terra, Marcos Rogério, Nóia, Marcos Rodrigues e outros são tão
importantes para Cajazeiras quanto os políticos e os profissionais liberais.
Assim como são nossos atores e atrizes, nossos poetas, cineastas e artistas de
uma forma geral. São eles que ajudam a perpetuar a identidade da terra que
ensinou a Paraíba a ler. Que também é terra da cultura, e esse é o nosso legado
maior sempre, além da educação.
fonte: https://fontecz.com.br/
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