por: Verneck
Abrantes de Sousa
A
referência mais antiga a uma cadeia em Pombal, em construção, é de 1816, para
ser concluída em julho de 1859. Um fato curioso. Jesuíno Brilhante, cangaceiro
inteligente, com certa instrução educacional, foi protagonista da história, que
assim, aconteceu:
Lucas,
irmão de Jesuíno, acusado de ter cometido um crime foi preso na cadeia de
Pombal, onde estavam mais de 50 presos da cidade e de outras vizinhanças. Como
o julgamento estava demorando, Jesuíno tomou a decisão de libertar o irmão.
Conforme os autos: “Às duas horas da manhã de 19 de fevereiro de 1874, numa quinta-feira, chovendo bastante, não havendo ronda noturna, Jesuíno Brilhante, seu irmão João Alves Filho, o cunhado Joaquim Monteiro e outros, perfazendo um total de oito cangaceiros, todos montados a cavalos, atacaram de surpresa a velha cadeia, que na época era guarnecida por um cabo, onze soldados da Guarda Nacional e um da polícia.
Despertando-os
a tiros, dizendo em voz alta os nomes dos primeiros atacantes, destacados como
os mais importantes do bando, dando viva a Nossa Senhora, os oitos cangaceiros
conseguiram dominar todos os soldados. Enquanto isso, os presos acendiam velas
e lamparinas para iluminar as celas.
Os
cangaceiros se apoderaram das armas e munições, distribuiriam com presos que,
aos poucos, iam ganhando liberdade e ajudando no ataque. Arrebentaram cadeados,
fechaduras, dobradiças, grades e saleiras com pedras, machados e outros
instrumentos. Foi um verdadeiro “levante”, na maior algazarra.
Depois
se retiraram montados a cavalos, gritando pelas ruas, quando já se tinham
evadido 42 presos de justiça, ficando 12 que não quiseram fugir. Os fugitivos
tomaram rumos diversos, não constando nos autos a captura de um só criminoso”.
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