quarta-feira, 3 de novembro de 2021

MEU RECORTE II


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MEU RECORTE: (Jornal da Paraíba). Em 01 maio de 1984, há 37 anos, um sonho sonhado há décadas pela classe teatral cajazeirense, tornava-se real. Já não mais utópico, imagens do pensamento ou fantasia. O doravante abstrato, agora era visível, concreto e sólido. Definitivamente os atores ganhava um verdadeiro espaço para apresentações cênicas. 

Nada era mais do que justo! Pois a luta em busca dessa luz, havia atravessado períodos; envolvido grupos de teatro, diretores e atores que finalmente se libertavam dos incômodos palcos improvisados do Círculo Operário; do arcaico auditório do Colégio Diocesano, da apertada Sala de Leitura da Biblioteca Pública Municipal e dos estreitos proscênios dos Cines Éden e Apolo XI.

Todos viviam nesse ano, uma cartasse que nos levava ao um alumbramento de alegria e perspectivas futuras no itinerário do teatro amador sertanejo. Nesse momento, era o momento do Grupo de Teatro Terra; das conquistas de outros palcos; do surgimento de novos grupos  e, eu atônico, estava a troco de caixa como presidente da ATAC - Associação de Teatro Amador de Cajazeiras - cargo arrodeado de mais de sete grupos de teatro, sedentos, atuantes na região do alto sertão. Eram as bases sendo plantadas para o que colhemos hoje.

Viajantes no tempo, olhávamos as muitas luzes das ribaltas refletir sobre nós, já anunciando a programação de inauguração da tão esperada casa de espetáculo. Nesse intento de euforia, eu cheio de confetes e serpentina, era procurado na cidade por (um) tal jornalista chamado Ribamar Rodrigues, para dar um “furo” de como ia ocorrer à programação de inauguração do teatro. O "furo" era para um novo jornal que nesse intervalo, havia aparecido na Paraíba, e estava sendo chamado “Jornal da Paraíba”.

Tudo registrado nesse recorte acima. Certamente o jornal fiel ao seu tempo, patinava nos tipos gráficos. Essas Letrinhas de metais, mesmo não promovendo uma impressão perfeita, já era o suficiente para escrever e iniciar a contação de uma história, que vinha marcando o teatro em Cajazeiras até ali. O que importa é que tudo passou tão rápido que pareceu um daqueles sonhos até difíceis de ser sonhado e depois lembrado, mas foi realizado e, a história desse sonho, está aí para comprovar o registro nesse velocíssimo instante.

por Cleudimar Ferreira


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imagem: acervo Cleudimar Ferreira

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