Excelentíssimo
Sr. Governador,
João Azevêdo Lins Filho;
Ilmo. Secretário de
Estado da Cultura,
Prof. Damião Ramos Cavalcanti;
Prof. Damião Ramos Cavalcanti;
Ilmo. Presidente da
Funesc,
Walter Galvão Peixoto de Vasconcelos.
Walter Galvão Peixoto de Vasconcelos.
Eu, Tarcísio de Sousa
Pereira (Tarcísio Pereira), aqui na qualidade de Teatrólogo, Escritor,
Jornalista, Publicitário e Produtor Cultural, venho, em face das condições de
paralisação do movimento teatral no Estado da Paraíba, fazer as seguintes
considerações, sugestão e apelo - salvo melhor juízo de todos que fazem teatro
neste Estado:
1) Considerando que o movimento cultural na Paraíba encontra-se
interrompido em suas realizações que envolvem a presença de público;
2) Considerando que as casas de espetáculo encontram-se há mais
de 100 dias com suas portas fechadas;
3) Considerando que grupos e companhias de teatro na Paraíba,
bem como as artes cênicas em geral e ainda outros movimentos artísticos que
sempre utilizaram os palcos dos teatros administrados pelo Estado encontram-se
parados;
4) Considerando que recentemente (guardadas as devidas
proporções), o Governo da Paraíba autorizou a abertura dos estádios de futebol
para a realização de jogos, mesmo sem a presença de torcedores;
5) Considerando, finalmente, que muitas atividades já estão
voltando ao seu funcionamento, mesmo com restrições e limitações relativas à
prevenção contra o alastramento da Covid-19;
6) Considerando que o Governo do Estado possui e administra, por
intermédio da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, seis casas de espetáculos
tecnicamente bem estruturadas - como o Theatro Santa Roza, Teatro Paulo Pontes,
Teatro de Arena, (estes em João Pessoa), Teatro Íracles Pires (Cajazeiras),
Teatro Santa Catarina (Cabedelo) e Cine Teatro São João José (Campina Grande), venho
propor e sugerir o que segue:
1) Que o Governo do
Estado, através da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), neste período
de Isolamento Social, disponibilize os teatros públicos de sua
responsabilidade, a fim de que os mesmos possam servir de palco neste período
para apresentações de espetáculos de grupos, companhias ou qualquer outro
movimento artístico, apenas para utilização de elenco e sem presença de
público, para que os espetáculos possam ser transmitidos de forma virtual, ao
vivo, utilizando-se de toda estrutura que os mesmos dispõem, tanto de
equipamento como de pessoal técnico, sem nenhum ônus para os usuários em
relação às taxas de locação ou de serviços;
2) Que o Estado, além de programar as casas de espetáculo para
essa finalidade, garanta estrutura de logística para as apresentações e
transmissão online, em termos de equipe de filmagem e disponibilização de canal
para a transmissão ao vivo, com devida divulgação oficial para atrair o público
remoto;
3) Que o Estado estabeleça, a seu critério, uma forma de
remuneração para os grupos ou, pelo menos, a disponibilização do canal de
transmissão com venda de ingressos pelas apresentações, a fim de que toda a
arrecadação seja destinada aos grupos, caso os mesmos estejam de acordo;
4) Que essa política de ocupação dos teatros, caso venha
acontecer, possa abranger não apenas espetáculos de teatro, mas também shows,
concertos, dança, recitais ou qualquer outra atração que os artistas se
disponham a participar.
Finalmente, é uma sugestão para uma política de ocupação dos
teatros que irá favorecer as produções interrompidas e, ao mesmo tempo,
dinamizar uma programação cultural do Estado utilizando a própria estrutura já
existente, praticamente sem grandes despesas para a administração, conforme o
critério que venha estabelecer.
Paraíba, 13 de julho de
2020.
TARCÍSIO PEREIRA
Teatrólogo
carta divulgada na página social do teatrólogo: https://www.facebook.com/tarcisio.pereira.12
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