A multi-expressividade na arte de um artista, fiel a sua arte, se mostra pelo compromisso com sua história de dedicação, de irrequieta sensatez com o fazer. Marcos Pê desafia o tempo, as coordenadas cartográficas de convivência com a técnica que desenvolveu e apreendeu, e sucintamente brinca com ela, mostrando todo seu talento e maturidade com manuseio dos elementos de produção, parecendo até que por capricho, a tal falta de criatividade, não foi problema e nunca vai ser para ele.
Um obstinado, obcecado nessa busca incessante
pela produção de uma arte original, rica de elementos lúdicos, passeante no
contexto do cotidiano popular dos que o cerca. Por esse prisma, ele viaja sem
medo de voltar ou seguir ainda mais, desafiando limites e fronteiras da
criatividade. Enveredando pelo imaginário e místico mundo da xilogravura nordestina,
misturando aí, os anos de prancheta nas artes gráficas e as atividades da
pintura de quadros, percorridos desde seus primórdios passatempos a serviço do
antigo Atelier de Artes Plásticas de sua terra Cajazeiras.
Com toda essa
experiência; essa bagagem de vivência e convivência nesse “vislumbrante” mundo
da arte, não restava a Marcos nada mais a não ser produzir belas imagens, assim
como essas, sejam elas fauvistas, ocre ou preto-branco. Tudo para preencher o
seu ego ou para presentear os olhos de quem gosta de arte. Igual a ele, que faz da arte a sua razão de continuar vivendo no mundo complexo, porém
encantador que é a arte.
Cleudimar Ferreira
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