Waldemar José Solha
Ao Ubiratan Di Assis, no momento em que
integra o elenco que funda a Academia
Cajazeirense de Artes e Letras, a homenagem de quem muito lhe deve. Ecce
homo, Eis o homem ao lado do ex-arcebispo da Paraíba, Dom José Maria Pires,
protagonista da Cantata pra Alagamar,
cujos versos fiz pro Maestro Kaplan em 78, cantata de que o Bira fez parte como
ator. Já em 84, o mesmo maestro me pediria que mudasse a letra das principais
canções natalinas, dando-lhes um tom brechtiano, pra que o coral da UFPB transitasse sem se sentir alienado na periferia de
João Pessoa, cantando Jingle Bells e O Christmas Tree. Querendo mais, pediu-me
que fizesse sketches entre aquelas canções, e assim surgiu o musical Burgueses ou Meliantes?, Pelo qual o Ubiratan
ganhou o prêmio de melhor direção no Festival
de Inverno de Campina Grande daquele ano. E voltaríamos a nos encontrar em
duas montagens: a de Papa-Rabo,
adaptação que fiz do Fogo Morto de
Zé Lins para o Fernando Teixeira, peça em que Bira fez o coronel Lula de
Holanda, e a de Otelo, direção do
mesmo Fernando, para quem fiz uma "transcriação" da obra-prima de
Shakespeare. Quando fui convidado pra fazer parte da novela global Velho Chico e disse que parara com
minha "carreira de ator”, perguntei se poderia indicar alguém e foi assim
que, de repente, lá estava o Bira numa telenovela de enorme sucesso. E ei-lo Secretário de Cultura de Cajazeiras e,
de repente, acadêmico. É evidente que a cidade pode esperar ainda muito mais,
dele. Viva o Bira! Ah: muito apropriada à foto dele com Dom José: completa -
como intérprete que foi do Otelo - o painel ao fundo, com minha Homenagem a Shakespeare, que pintei para o auditório da UFPB em 1997.
Transcrito da página social de Solha: www.facebook.com/waldemarjose.solha
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