Vinicius Lira
É inegável que, a discussão acerca do que o ser
humano pensa sobre o que é beleza, tem sido tema gerador de reflexões, tanto
por autores quanto por filósofos. Nesse sentido, o pensador Emmanuel Kant diz
que o belo é tudo o que agrada desinteressadamente. Assim sendo, convém
analisarmos o poder da mídia e da indústria da moda na construção de um corpo
perfeito e a influência disso na vida do cidadão.
É indubitável que o culto ao corpo perfeito é
algo que acompanha a sociedade desde a Grécia antiga até a modernidade. Desse
modo, podemos pontuar a mídia televisiva e a indústria da moda como precursoras
e vendedoras da utopia da beleza moderna. De fato, as marcas de roupas promovem
através de suas propagandas e manequins, a ditadura do corpo ideal; magro e
alto, excluindo as pessoas que estão fora desse padrão. Aliados a isso,
raramente as emissoras de TV divulgam pessoas fora dos padrões como galãs e
musas.
Por consequente, os indivíduos que não se sentem
adequados às normas impostas tendem a procurar iniciativas mais breves, que
possam “melhorar” o seu corpo. Dessa forma, o aumento de enfermidades causadas
por receitas milagrosas de emagrecimento, junto a procura por cirurgias bariátricas,
são consequências desse fenômeno. Receitas de emagrecimento são divulgadas na internet,
algumas delas, não atestadas por especialistas, podem provocar efeitos não
desejáveis. Aliado a isso, a banalização das cirurgias ao invés de dietas, é um
fato social atual, e algumas cirurgias, quando mal feitas, acarretam em
sequelas.
De fato, como citou Kant, a beleza deve ser
algo pessoal, e não uniforme padronizado, como propõe a mídia. Para isso ser
aplicado, é necessário que o Conselho Nacional de Auto Regulação Publicitária, intensifique
a identificação de campanhas que promovem a segregação entre diferentes tipos
de corpo, com o intuito de diminuir a procura de cirurgias e receitas, como
também, amenizar o preconceito corporal.
Vinicius Lira
Estudante do Curso
Via Medicina
Via Medicina
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