fonte: https://memodosviralatas.wordpress.com/
Em 1997, o abnegado Osvaldo Moésia,
ainda com a sua verve meio punk, meio metaleira (fã dos Ratos de Porão e do
Sepultura), dava início a uma saga musical em Cajazeiras digna de livro e
documentário. Sim, sem exagero. Digna de um registro sério e detalhado. Afinal,
já são 21 anos de Cajá Rock Produções e 18 edições do Cajá Rock Festival.
No longínquo ano de 1997, Osvaldo
realizava a 1ª edição do festival. As bandas anunciadas no cartaz foram
Apocalipse (ainda não tinha “Conspiração” no nome); Crônicas, que depois
viria a se chamar Danos Morais; e Cabeça Chata, da cidade vizinha Bom
Jesus. Segundo Osvaldo, Apocalipse não tocou porque desistiu na véspera.
De lá para cá já são 18 edições de um
dos festivais de rock mais casca grossa da região. Digo casca grossa porque
quem acompanha essa saga, seja nos bastidores da produção ou apenas como
público espectador, sabe que, apesar de uma ajudinha aqui e outra ali das
iniciativas pública e privada, o negócio sempre foi feito aos trancos e
barrancos, “na tora” como dizem por aqui.
Mas por hoje não vou me alongar com
detalhes porque a intenção dessa postagem é apenas mostrar a coleção quase
completa dos cartazes e flyers (panfletos) do Cajá Rock. Das 18 edições,
Osvaldo Moésia me cedeu os 13 cartazes e flyers que restam (apenas os da 3ª, da
4ª, da 13ª, da 15ª e da 17ª edição ele perdeu).
Se graficamente a maioria dos cartazes
e flyers é simples e não tem nada que encha os olhos (embora dê para destacar
um desenho do cartunista Angeli na 5ª edição e uma simpática Kombi na 14ª),
historicamente é um mergulho na nostalgia. Até anotei algumas curiosidades. Por
exemplo:
Transplante de rins – O 1º Cajá Rock teve uma concepção beneficente. De acordo com o
cartaz, 50% da renda deveria ser destinada para o transplante de rins do
professor Andrade, do Colégio Estadual (na época a Cajá Rock Produções ainda se
chamava Chakal Rock Promoções).
Monstros – A 2ª edição, também em 1997, apenas um mês depois da 1ª,
aconteceu no “Escritório dos Monstros”, no final da Avenida Presidente João
Pessoa, onde hoje funciona um lava-jato. Segundo Osvaldo, o local assim se
chamava porque pertencia a um tal “Rodrigo Monstro”. PS: o cartaz tem dois monstros desenhados à mão, um Frankenstein
e uma caveira.
Música Urbana – A 5ª edição ocorreu em 2003 no extinto bar Música Urbana, que
apesar de ter durado pouco, deixou saudade em muita gente. Lembro que lá foi o
primeiro e até agora único bar da cidade onde eu ouvi The Prodigy sem ter sido
eu que coloquei para tocar. PS: nessa edição a banda Os Monos não
tocou.
Cartaz inválido – O 14º Cajá Rock aconteceu em julho de 2012 com as bandas Zé
Viola (João Pessoa) e Epidemia Tipo 5. Mas existe outro cartaz que circula pela
rede anunciando a 14ª edição no ano de 2011, com as bandas Monster Coyote (São
Paulo) e Baião de Doido. Segundo Osvaldo Moésia, esse evento não foi realizado
em 2011 porque a banda Monster Coyote não veio.
Locais – Com base nos 13 cartazes e flyers, o Leblon foi o local que mais
recebeu o Cajá Rock. Ao lado da quadra de basquete, em frente ao bar de Fonfon,
o festival se instalou pelo menos quatro vezes.
Bandas – De 1997 a 2016 (ano da 18ª edição), bandas que viriam a se
tornar clássicas tocaram no evento, como Apocalipse (hoje Conspiração
Apocalipse), Cabeça Chata, Comportamento Zero, Danos Morais, Epidemia
(hoje Epidemia Tipo 5), Escaravelhos, Subgrave (Pau dos Ferros-RN), Insanidade
(Sousa-PB), entre outras.
Turma denominada de altar de
sacrifícios indo, em 1989, para o show de rock´n roll
da banda Conspiração
Apocalipse. Na foto Pena, John Mary, Jacques Douglas, D'Sena, Manga,
Rômulo,
JB, Osvaldo Moésia e Raimundo Moésia.
13 cartazes e flyers do Cajá Rock Festival
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