Tempos esquecidos para alguns, talvez engolido
pela modernidade. Cajazeiras, hoje uma bela e próspera cidade universitária. Centro
comercial desenvolvido e promissor, área habitacional de desenvolvimento
galopante, cujas novos blocos arquitetônicos embelezam as Avenidas largas e
modernas. Todo esse esplendor moderno não apaga as imagens de seu passado
imorredouro que ficou em nossas memórias.
Naquela época a bela cidadezinha já nos
surpreendia com atrações religiosas e culturais. Encantava meu coração sonhador
de adolescente, com seus frenéticos Carnavais dos anos 50 e 60. Tudo era
magia... Época que reinavam os confetes, as serpentinas, Pierrô e Alecrim,
figuras alegoristas dos velhos Carnavais. Belas fantasias sonhadoras....
Transformava-nos em verdadeiras Fadas do destino, e em belas princesas do
primeiro amor, do primeiro beijo. Era um verdadeiro Conto de fadas, e dos
sonhos. Carnavais inesquecíveis, as Lança-perfumes eram liberadas livremente e
os jovens não abusavam de seu uso. Uma juventude sadia, alegre e sonhadora. Longe
da corrupção que desencadeou em todo mundo a perda dos valores morais.
Memória: Uma das diversões atraentes era a
passagem dos grandes circos. Por lá, passaram nada menos que o Grande Circo
Brasil, o Circo Garcia e nos anos 50 e 60, outras Companhias Circenses sentiram
o entusiasmo da população cajazeirense pela arte, fato esse que se tornou um
convite para a temporada de outros Circos como: Circo Orlando Orfei, O Gran
Barollo Circo e outras atrações menores.
Época como essa jamais será esquecida. O
Carnaval de Rua ficou no imaginário popular, Era a magia do Reino Encantado.
Três dias de folia, alegria e descontração. As atrações Folclóricas traziam
diversificados blocos de rua. Um dos mais interessante era O bloco de Arrasta Jaraguá, para as crianças
despertava medo, sua alegoria principal era Um Enorme Perna de Pau, vestido Chita
estampada em cores vivas, cuja cabeça era de um animal, cuja arcada dentária
exibia grandes dentes. Para os adultos despertava gargalhadas. Essa alegoria
trazia uma simbologia primitiva.
Os Blocos requintados, quase sempre compostos
por carnavalesco da Elite, exibiam luxuosas fantasias e tocavam as lindas,
contagiantes machinhas, e as novidades do Frevo de Pernambuco. Velhos tempos, velhas
lembranças, coisas que não voltam mais.
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Vilma Maciel Lira dos Santos é natural de Cajazeiras, radicada em Juazeiro do Norte, Ceará.
É Escritora, Professora e Artista Plástica. Tem vários livros publicados em prosas, poesias, contos e
É Escritora, Professora e Artista Plástica. Tem vários livros publicados em prosas, poesias, contos e
assuntos relacionados a cultura regional nordestina.
fonte: blog http://vilmamaciell.blogspot.com.br/
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