MARCOS PÊ
cleudimar ferreira
Não há como explicar a paixão de um artista por
seu trabalho. Também não há como entender o sentido material e emocional que há
entre uma obra de arte e o seu criador. Quando você se propõe a dedicar parte
de sua vida a arte, você investe sem perceber na formação da sua sensibilidade, no seu caráter e na
sua afirmação num mundo civilizado, onde a arte tem papel importante como
objeto transformador de pessoas. Marcos Pê se insere nesse contexto como um
artista que trabalha a sua arte com esmero, pensando no fazer como ferramenta
de busca do prazer estético e transformador. Paraibano de Cajazeiras, mas radicado em Teresina - Piauí, preocupado com os rumos que a cultura de sua terra tem percorrido nesses últimos anos, Marcos é um artista otimista. Focou sua trajetória cidadã pelo caminho da arte e até esse momento, tem sido
fiel ao que escolheu fazer para viver. Expressivo por natureza; enraizado na
cultura do seu lugar; apegado aos ritos de sua gente e na temática exposta que
evoca o sentimento popular nordestino; ele vai moldando o tempo trabalhando a
arte com criatividade, seja com o pincel e a tinta, seja como xilógrafo. E
assim vai conquistando espaços, fazendo amigos, trilhando por um caminho onde
todo artista percorre. Durante dias, meses e anos, ele vai experimentando,
buscando novas técnicas. Usando materiais diversificados ele vai trabalhando
sua arte sem necessidade de olhar o futuro. Eu particularmente tiro meu chapéu,
e tiro em repleta alegria. Cajazeiras efêmera na criação de expressões artísticas e por produzir
cultura, bate palmas e reverencia seu fiel artista. Parabéns, Cotó!
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