quarta-feira, 2 de agosto de 2017

POESIAS DESTAQUES NO "CONCURSO DE POESIA 2017"

















De Cristiane Maciel

Foi um sonho
Deitada na areia
Diante de um lindo mar
Foi em noite de lua cheia
Que comecei a sonhar
Ao som das ondas
Que vão e que vem
Viajei com você
dentro de um trem
O trem tinha como destino
Um belo mar
Seguimos sempre sorrindo
Até o trem chegar
Caminhamos pela a praia
Deixamos os nossos passos a flutuar
E de testemunha,
A lua cheia a nos pratear
Depois entramos no navio
Com a Felicidade certa
O navio tinha como destino
Uma ilha deserta
Chegamos na ilha
E os teus lábios beijei
Ao sentir o néctar do seu beijo
Eu despertei
Acordei, sozinha, na areia
Debaixo de um céu estrelado
De uma lua cheia
E sem te ter ao meu lado.
Percebi que não estava sonhando
Mas nossos passos na areia pude ver
Acabei triste chorando
Sem conseguir entender
Porque eu amo você
                       











De Gissania Pereira Almeida

Roda gigante
Ontem andava com uma caneta
E um caderno nas mãos
Hoje só me restam as folhas fragmentadas
Nos mares obstruídos
Outrora, eu tinha "o tudo"
Estava numa redoma
Portanto, desconhecia a vida
Não tinha noção de nada
E caí no erro
Encontrei uma pedra de crack
No meio do caminho
E tropecei caindo
Hoje estou nas calçadas
Não da fama, mas da lama
Onde imploro por um pedaço de pão
Esgotaram-se os sonhos
O agora é pesadelo
Estou morrendo de frio
De lá para cá uma coisa não mudou:
Os Medos
Que multiplicaram, pois falta a redoma
Que me envolvia por completo
Sinto frio!













De Roberto Ferreira

Cigarro
Saliva!
Na Fumaça do cigarro 
O teu Beijo
Evapora
Lembranças
Me molha
Me baba
Me acende e me traga!
Traga
A trégua
O trigo
E o pão
Faz-me grão em tua terra
Fartura em tua ceia
Me aspira em poesia
Me inspira a poesia
Me queima até o filtro e me prende em ti o máximo que puder.













De Luíza Correia Alves Neta

A liberdade de ser poesia
Essa poema leve, esse poema cálido
Que aos poucos enaltece
O meu semblante pálido
Esse poema puro
Esse poema louvável
Conforta me desespero
E expulsa o tédio
Dos que me ignoram
Esse poema sutil, esse poema amável
Afasta a treva presente
Na atitude indevida
Me põe novamente serena
No que importa a vida.


De Willyan Ramon de Souza Pacheco

Sou Negro
Falam de meritocracia, mas não vejo oportunidades
Falam de educação, mas não dão escolas de qualidade
Falam porque sou negro, como se eu pudesse mudar minha cor
Dizem que somos humanos, mas não conheço um ser sem amor
Não quero regalias nem muita atenção
só quero respeito, paz e ser amado sem diferenciação
Sou negro, sou afro e meu cabelo é lindo!
Tenho orgulho da minha cor!
Me engrandeço com minha história de luta
E nunca me canso de ser sonhador
Luto todos os dias, acordo cedo e vou trabalhar:
Enfrento o mundo e o preconceito
Todos nós habitamos no mesmo lugar

Quero uma sociedade justa
Sem desigualdades nem ignorância
Não quero que me falte leite na boca da criança
Não quero ser oprimido, nem ser referência de cor:
Eu quero ser tratado como humano
Ter salário, não ir preso
Quero um mundo sem desprezo
O que quero é ser tratado como gente
Sem me chamarem de bandido
Eu quero que o policial seja meu amigo
Eu quero ter família e oportunidades para estudar
O que quero é ser reconhecido
Por também ser o dono desse lugar.




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