segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

CAJAZEIRAS TEM FUTURO? TEM! BASTA ELA QUERER... E FAZER.

Cleudimar Ferreira

Wellington Souza quer ser arquiteto, mas gosta mesmo é de pintar 

Seu sonho é ser arquiteto. Porém, se esse sonho virar realidade, diz o jovem: "não penso deixar as artes plásticas, pois é uma atividade que gosto muito e já faço desde os sete anos quando comecei na escola." A afirmação dessas palavras não é minha e nem de outra pessoa, é do cajazeirense Wellington Souza, autor dos trabalhos que as imagens abaixo mostra.

Wellington pelo tom da sua oralidade, é um sonhador com tantos outros da sua idade, são. O rapaz demonstra apego a uma atividade que para ele transmite tudo que ele necessita, para trazer a paz interior e se firmar no meio onde vive. E é, pois a arte que busca é capaz de provocar mudanças, moldar e preparar para a vida, aqueles que a buscam.

De origem humilde, Wellington é um cajazeirense como tantos outros, que nasceu com sensibilidade e vontade de ter a arte como referência para sua razão de viver. “A pintura nasceu dentro de mim; sinto essa vontada. Quanto mais eu pinto, mais vontade tenho de pintar. É como se fosse uma coisa que me acalma. É uma inspiração. Uma coisa boa que vem e a gente não quer sair dela.” Afirmou em entrevista ao um repórter de uma TV Online local.  

Como todo esse pensamente, Wellington ainda é um principiante, entretanto, como muita força de vontade para crescer, pois a arte é um universo amplo e para seu resultado ser compreendido e aceito como arte, seu agente provocador, o artista, precisa ter muito tempo de vivência e experiência, para produzir um produto com condições de ter seu espaço no mercado exigente de arte. Bagagem que o jovem Wellington, me parece, está buscando numa cidade arredia a essa realidade; que pouco tem oferecido aos seus artistas.

E é nessa realidade; nesse contexto difuso social, que Wellington Souza paira; se contorce e se mexe para conseguir recursos que dê a ele o direito de sonhar, de produzir sua arte e de crescer como artista. Que possa elevar o nome de sua cidade a um patamar de destaque, como centro produtor de artes visuais, como já foi no passado com as ações encampadas pelo antigo Atelier Cajazeirense de Artes Plásticas e pelo o empenho isolado de alguns nomes, como: Telma Cartaxo, Modesto Maciel e Marcos Pê. 

Produzindo um ecletismo que mistura desenhos, pinturas e caricaturas, Wellington, ainda não tem uma temática definida. Desenha e pinta o que vier na mente e é categórico ao afirmar que sente vontade de materializar o que pensa, na tela em branco. Uma clara evidência de quem ainda não definiu o que quer fazer com a arte, ou está buscando um tema que possa se fixar e decolar definitivamente. Mas o processo é esse mesmo. Ele existe para o artista adquirir experiência e se firmar como grande conhecedor do trabalho que executa.

Exemplos como o de Wellington Souza, pode está anonimamente espelhados pelos quatros cantos de Cajazeiras. Uma terra fértil para o campo das artes, que pouco importância, ou quase nada, foi dado pelo poder público municipal, que com pouco recursos, poderia compensar essa carência, destinando uns desses prédios da Prefeitura que se encontram fechados, sem uso, para funcionar uma atelier de artes.

Poderia o novo Secretário Executivo de Cultura, Chagas Amaro, a partir da abnegação de Wellington, criar condições para que isso se torne realidade. Se não há receita para tal iniciativa, busca-se parceria com o comércio, com  instituições do gênero. A prefeitura nesse empreitada, asseguraria as instalações e os professores. Há bons professores ensinado antes nas escolas municipais, que poderia ser aproveitados. Caberia tão somente as parcerias, a destinação dos materiais de trabalho, como as telas, as tintas, os pinceis e os cavaletes.

Não vamos deixar que o sonho do jovem pintor Wellington Souza e de tantos anônimos que ainda não conhecemos a sua oralidade, se perca no futuro. Pois a cultura de uma cidade, depende muita da arte para que essa cultura possa ser vista. A produção artística nesse caso, é algo imprescindível para a materialização da cultura. É a última fronteira que subsidia a cultura. Deixar a arte morrer, desaparecer em uma cidade como Cajazeiras, é apagar definitivamente os resquícios de cultura que ainda temos.   








fonte: (entrevista) wellington valêncio-sertãodaparaiba.com.br

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