Cleudimar Ferreira
Wellington Souza quer ser arquiteto, mas gosta mesmo é de pintar
Seu
sonho é ser arquiteto. Porém, se esse sonho virar realidade, diz o jovem: "não penso deixar
as artes plásticas, pois é uma atividade que gosto muito e já faço desde os sete
anos quando comecei na escola." A afirmação dessas palavras não é minha e nem de
outra pessoa, é do cajazeirense Wellington Souza, autor dos trabalhos que as imagens
abaixo mostra.
Wellington
pelo tom da sua oralidade, é um sonhador com tantos outros da sua idade, são. O
rapaz demonstra apego a uma atividade que para ele transmite tudo que ele necessita, para trazer a paz interior e se firmar no meio onde vive. E
é, pois a arte que busca é capaz de provocar mudanças, moldar e preparar para a
vida, aqueles que a buscam.
De
origem humilde, Wellington é um cajazeirense como tantos outros, que nasceu com
sensibilidade e vontade de ter a arte como referência para sua razão de viver. “A
pintura nasceu dentro de mim; sinto essa vontada. Quanto mais eu pinto, mais
vontade tenho de pintar. É como se fosse uma coisa que me acalma. É uma
inspiração. Uma coisa boa que vem e a gente não quer sair dela.” Afirmou em entrevista
ao um repórter de uma TV Online local.
Como
todo esse pensamente, Wellington ainda é um principiante, entretanto, como muita
força de vontade para crescer, pois a arte é um universo amplo e para seu
resultado ser compreendido e aceito como arte, seu agente provocador, o
artista, precisa ter muito tempo de vivência e experiência, para produzir um
produto com condições de ter seu espaço no mercado exigente de arte. Bagagem
que o jovem Wellington, me parece, está buscando numa cidade arredia a essa
realidade; que pouco tem oferecido aos seus artistas.
E é
nessa realidade; nesse contexto difuso social, que Wellington Souza paira; se
contorce e se mexe para conseguir recursos que dê a ele o direito de sonhar, de
produzir sua arte e de crescer como artista. Que possa elevar o nome de sua
cidade a um patamar de destaque, como centro produtor de artes visuais, como já
foi no passado com as ações encampadas pelo antigo Atelier Cajazeirense de
Artes Plásticas e pelo o empenho isolado de alguns nomes, como: Telma Cartaxo, Modesto Maciel e Marcos Pê.
Produzindo
um ecletismo que mistura desenhos, pinturas e caricaturas, Wellington, ainda
não tem uma temática definida. Desenha e pinta o que vier na mente e é categórico
ao afirmar que sente vontade de materializar o que pensa, na tela em branco. Uma clara
evidência de quem ainda não definiu o que quer fazer com a arte, ou está buscando um tema que possa
se fixar e decolar definitivamente. Mas o processo é esse mesmo. Ele existe para
o artista adquirir experiência e se firmar como grande conhecedor do trabalho que executa.
Exemplos
como o de Wellington Souza, pode está anonimamente espelhados pelos quatros cantos de
Cajazeiras. Uma terra fértil para o campo das artes, que pouco importância, ou
quase nada, foi dado pelo poder público municipal, que com pouco recursos,
poderia compensar essa carência, destinando uns desses prédios da Prefeitura que se encontram fechados,
sem uso, para funcionar uma atelier de artes.
Poderia
o novo Secretário Executivo de Cultura, Chagas Amaro, a partir da abnegação
de Wellington, criar condições para que isso se torne realidade. Se não há
receita para tal iniciativa, busca-se parceria com o comércio, com instituições do gênero. A prefeitura nesse
empreitada, asseguraria as instalações e os professores. Há bons professores
ensinado antes nas escolas municipais, que poderia ser aproveitados. Caberia
tão somente as parcerias, a destinação dos materiais de trabalho, como as
telas, as tintas, os pinceis e os cavaletes.
Não
vamos deixar que o sonho do jovem pintor Wellington Souza e de tantos anônimos
que ainda não conhecemos a sua oralidade, se perca no futuro. Pois a cultura de uma cidade, depende muita da arte para que essa cultura possa ser vista. A produção artística nesse caso, é algo imprescindível para a materialização da cultura. É a última
fronteira que subsidia a cultura. Deixar a arte morrer, desaparecer em uma cidade como Cajazeiras, é apagar definitivamente
os resquícios de cultura que ainda temos.
fonte: (entrevista) wellington valêncio-sertãodaparaiba.com.br
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