O que se destacou nas páginas
do facebook dos cajazeirenses essa semana, foi, finalmente, o aparecimento da
tão esperada foto do aviador Antônio Tomaz, divulgada pelo historiador José Antonio de Albuquerque, em sua página no facebook, já que quase todas as fotos de personagens, personalidades, políticos, cajazeirenses e cajazeirados, haviam saído do baú e ganharam as páginas da internet nos últimos anos.
Digo assim porque desde 2014,
vinha eu, vasculhando e revirando a internet, na ânsia de encontrar imagens do
lendário homem dos céus sertanejo, que pudesse ilustrar um mutirão nas redes
sociais, pelo reconhecimento da importância que foi esse piloto, para a história dessa atividade na cidade, que estava esquecido, e que pudesse
contribuir na campanha feita nos últimos meses pela sociedade cajazeirense, para desatamento do nó que envolvia a questão do aeroporto de
Cajazeiras.
Adiante ainda que em março neste
mesmo ano, 2014, em uma postagem para o blog Cajazeiras de Amor, cujo título foi “Eles,
a frente do tempo. “, destaquei, talvez, as primeiras informações na internet, sobre
o senhor Antônio Tomaz.
A foto publicada pelo
historiador José Antônio, provocou o surgimento de uma série de comentários de
pessoas que se dizia ter conhecido Antônio Tomaz; e relatos de outras que conviveram
e viveram situações ao lado do aviador de Cajazeiras e seu aviãozinho, em seus
voos pelos arredores de Cajazeiras. Uma dessas situações que achei interessante,
foi a vivida pelo pai de Bosco Marcial, seu Zé Cardoso, contada por Bosco, em uma postagem no seu facebook.
Veja o que Bosco postou:
O Voo do Fênix Nordestino
Bosco Maciel
“.... Recebi esta foto de José
Antônio Albuquerque – Cajazeiras/PB. Trata-se de Antônio Tomaz, (in memoriam). Morreu
em acidente aéreo com seu teco-teco em Catolé do Rocha/PB. O precursor da
aviação em Cajazeiras-PB, a cidade que ensinou a Paraíba a ler. Na década de
1950, esse senhor tinha um teco-teco (foto) que levantava e pousava em um
pequeno aeroporto da Cidade. Papai, Zé Cardoso, torneiro mecânico, gostava
de contar uma história em que ele, Antônio Tomaz e o Teco-Teco, passaram por um
perigo danado. Foi assim: Papai tinha que ir consertar um motor em Açu/RN (acho
que era o ano de 1960). E, contratou Antônio Tomaz para fazer a viagem. Levantaram
voo em Cajazeiras/PB com destino à cidade rio-grandense. Depois de algumas
horas de viagem papai percebeu, em meio à preocupação do Aviador, que estavam
sobrevoando o mar há algum tempo. E, papai perguntou a Antônio Tomaz: - Antônio,
nós estamos perdidos, pois faz tempo que só vejo água? E ele respondeu olhando o
mapa entre as mãos trêmulas: - Sim, Zé Cardoso. E o pior que não acho Açu aqui
no mapa e o combustível está pra acabar. Papai ficou desesperado achando que
iam morrer no mar e já começou a olhar o mapa junto com o aviador, enquanto rezava
pra tudo que é Santo. Foi quando Antonio Tomaz deu um grito: - Achei! Olhe Açu
no meio desse rasgadinho. Em seguida fez umas manobras como estivesse voltando.
Depois de uns 10 minutos, já avistavam a cidade. Aí, foi só descer com o avião
na pista e respirarem aliviados para em seguida procurarem uma privada para
darem vazão ao susto que passaram. Hoje, de forma justa, este pioneiro que
adorava voar, já faz parte da memória de grandes personalidades da história
Cajazeirense. ”
Bosco
Maciel
é cajazeirense radicado em Guarulhos/SP, poeta, folclorista,
cantador, fundador da Casa dos Cordéis, membro efetivo da
AGL - Academia Guarulhense de Letras.
cantador, fundador da Casa dos Cordéis, membro efetivo da
AGL - Academia Guarulhense de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário