Cleudimar Ferreira
A música instrumental em Cajazeiras teve na Banda Santa Cecilia a base para formação de músicos, que não só servia a própria banda, mas que também incrementava os conjuntos musicais e orquestras de bailes e de frevo que surgiram na cidade e nas cidades vizinhas a Cajazeiras. A Orquestra Manaíra - a nossa Big Band, foi o exemplo desse momento, atravessou anos animando os grandes bailes dos nossos anos dourados. Entre os anos 60 e 80, os metais, instrumentos principais das filarmônicas da época e o violão popular, eram quase que unanimes na formação de qualquer grupo, não importando o gênero de música que tocava.
Já os instrumentos sinfônicos, entre tantos outros usados na composição de uma orquestra, era algo imaginário entre os músicos e no meio musical, uma coisa de outro mundo. O violino por ser o mais conhecido, era uma novidade ou
raridade se ver, até surgir na década de 80, a formação, talvez, do primeiro conjunto sinfônico de
Cajazeiras – o Conjunto de Câmara “Mandacaru”.
Formado por Rivaldo Santana (maestro), Ademar,
Ilma Braga, Rubens e Moacir Abreu, o “Mandacaru” surgiu como uma opção no
limitado cenário da música em Cajazeiras, objetivando oferecer ao público uma
novidade musical voltado exclusivamente a música de câmara, inserindo-se no
contexto cultural e artístico da cidade, onde, por um imperativo, os caminhos
que seriam percorridos, eram claros o de estimular seu povo e a sua gente a valorizar
sua arte, seu folclore e sua cultura, através da prática da música de um modo
geral, mas também, acrescida de elementos eruditos personalizados nesses
instrumentos, como é caso do violão clássico, do violino e a flauta
transversal, instrumentos básicos utilizados para a formação do Conjunto “Mandacaru”.
Segundo levantamentos feitos e baseados nas informações prestadas ao jornal A União por seus componentes na época de sua fundação, em 1980, o "Mandacuru", surgiu por obra do ocaso, já que não se sabia se havia na cidade músicos com habilidades nesses instrumento, nem com prática em leitura de partituras ou com inclinação para execução de peças musicais no estilo popular/erudito. Com a localização e contatos, depois de exaustiva procura por esses profissionais, foi possível acontecer o primeiro encontro e os primeiros ensaios dos músicos.
Segundo levantamentos feitos e baseados nas informações prestadas ao jornal A União por seus componentes na época de sua fundação, em 1980, o "Mandacuru", surgiu por obra do ocaso, já que não se sabia se havia na cidade músicos com habilidades nesses instrumento, nem com prática em leitura de partituras ou com inclinação para execução de peças musicais no estilo popular/erudito. Com a localização e contatos, depois de exaustiva procura por esses profissionais, foi possível acontecer o primeiro encontro e os primeiros ensaios dos músicos.
Após semanas se preparando para o concerto inicial, em novembro de 1980, o Conjunto de Câmara “Mandacaru”, fez sua primeira aparição ao
público durante a VI Jornada de Estudos Linguísticos do Nordeste. No programa apresentado, o conjunto executou para todos presentes, Tristeza do Jeca, de
Angelino de Oliveira; Juazeiro, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; Asa
Branca, também de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; Luar do Sertão, de Catulo
da Paixão Cearense e Assum Preto, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
A criação do antigo e primeiro conjunto de
câmara de Cajazeiras que se tem conhecimento, foi uma iniciativa do Centro de
Formação de Professores, através da Coordenadoria de Música do Núcleo de Extensão
Cultural – NEC, instituições que na época pertencia a UFPB, e que na década de 90, foram encampadas pela UFCG, Campus-Cajazeiras.
fonte: Jornal A União/novembro de 1980.
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