Cajazeiras:
uma cidade para morar e amar
Por
José Antonio
A
cidade de Cajazeiras já possui itens positivos que oferecem certa qualidade de
vida, embora exista ainda muita “desurbanidade”.
Podem-se
enumerar alguns itens que precisamos conquistar: 1. Rede de esgotamento
sanitário, iniciado na década de setenta, ainda é insignificante. 2. Grandioso
déficit habitacional. 3. Tensão no trânsito ocasionada pela falta de
planejamento moderno e que possa atender ao enorme aumento de veículos. 4.
Opções urbanísticas equivocadas, provocadas pela especulação imobiliária. 5.
Inoperante prestação de serviços nos setores de água e energia, dentre outros
têm sido fatores que contribuem para desumanizar a cidade.
Quantas
ruas existem nesta cidade sem esgotos e calçamentos? Quantas avenidas e ruas
sem saídas? O próprio centro da cidade é um caos urbano e como dói aos nossos
olhos ver prédios abandonados, terrenos baldios cujos proprietários vivem da
sanha imoral da especulação imobiliária.
Não
estaria na hora de fazer um amplo seminário para se discutir o que significa
crescer, morar e envelhecer nesta cidade e também, o que significa ser
cajazeirense? O centro desta cidade está ainda muito distante de ser concluído
do ponto de vista urbanístico e arquitetônico.
Qual
o habitante desta cidade não gostaria de ver nela uma excelente iluminação
pública, um completo sistema de abastecimento d’água, ruas, praças e avenidas
completamente arborizadas e um amplo esgotamento sanitário. Com todas as suas
avenidas, ruas e vielas calçadas a paralelepípedos ou asfaltadas. Um número
maior de praças bem ajardinadas. Suas calçadas sem obstáculos e sem uma imensa
leva de camelôs que obstruem com suas mercadorias os espaços dos pedestres, sem
falar ainda na ocupação das mesmas pelos deseducados proprietários de veículos.
Esperar
soluções destes problemas apenas pelo poder público é sonhar demais. É preciso
que exista também uma determinação das pessoas de se engajarem em iniciativas
que redundem na melhoria da qualidade de vida de nossa cidade. O visual urbano
não agrada aos olhos.
“Cajazeiras
meu amor, Cajazeiras, minha paixão”, foi um dos slogans que mais me empolgou,
de todas as campanhas já feitas em Cajazeiras. Pela primeira vez um candidato a
prefeito externou de forma clara e contundente o seu amor por Cajazeiras.
Carlos
Antonio foi eleito prefeito de Cajazeiras sob a bandeira da renovação, mas o
charme e a beleza da campanha e que provocava o delírio das multidões nos
comícios era o “Cajazeiras, meu amor, Cajazeiras minha paixão! ”, mas que
infelizmente este grito não ecoou no coração do povo desta cidade no sentido de
transformá-la na cidade mais limpa e bela da Paraíba.
Dra.
Denise tem conhecimento dos imensos problemas urbanos que existe nesta cidade.
Tem solucionados muitos deles e de que terá um imenso trabalho para que sejam
resolvidos. Todos estão sentindo uma mudança de atitude, cujo fundamento é no
sentido de humanização da cidade que amamos, moramos e desejamos terminar os
dias de vida nela.
Agora
no mês de agosto estaremos comemorando os 153 anos da cidade e quem sabe
conseguiremos tomar consciência e atitude para provocar uma mudança de postura
educacional para a humanização da cidade que amamos e escolhemos para morar?
A
Ordem do Carmelo e o novo bispo
A
Congregação a que pertence frei Francisco de Sales chegou ao Brasil em 1580
quando reinava em Portugal o Cardeal D. Henrique que desejava difundir a fé de
Cristo pela nova colônia conquistada e, para tanto, enviou alguns religiosos da
Ordem do Carmo na esquadra que tinha por finalidade formar uma Colônia na Paraíba,
especialmente para repelir os corsários huguenotes que infestavam o norte do
Brasil. O capitão comandante dessa esquadra foi um fidalgo de sua casa, o renomado
navegador Frutuoso Barbosa.
Portanto
a “casa mãe” da Ordem do Carmo é originalmente paraibana e a Congregação das
Irmãs Missionárias Carmelitas foi fundada em 25 de março de 1915, na Basílica
do Carmo, em Recife, por Frei Casanova e logo em seguida fundaram a casa de
Princesa Isabel (PB), que se tornou o berço da Congregação, sob o apoio do então
bispo da diocese, Dom João da Mata. A segunda casa foi o Carmelo em Cajazeiras,
criada em 23 de março de 1938 e em 29 de agosto de 1949 foi agregada à Ordem do
Carmo pelo Decreto do Prior dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte
Carmelo e foi reconhecida como Congregação Religiosa por Dom Zacarias Rolim de
Moura em 08 de outubro de 1960 e antes teve a aprovação da Santa Sé em 10 de
agosto de 1960. Tem como missão Viver em Fraternidade Orante e estar disponível
para atender aos pobres e excluídos da sociedade. Cajazeiras é a sede da “Curia
Generalis” e tem como “Antistita Generalis a Soror Maria Sineide Almeida
Ângelo, eleita pelo Concílio Geral em 13 de dezembro de 2010. Frei Francisco de
Sales já pegou retiro no Carmelo de Cajazeiras.
fonte: Diário do Sertão
Nenhum comentário:
Postar um comentário