Na ilustração, uma tomada da antiga sede dos
Correios em Cajazeiras.
Francelino Soares
Quando voltei a Cajazeiras, em 1963, depois de dez anos na
Capital do Estado (1952/1962), para assumir o magistério, especificamente,
ministrando aulas nas cadeiras de Língua Portuguesa, Latim e Francês, nos
Colégios Diocesano Padre Rolim e Nossa Senhora de Lourdes, e no Seminário Nossa
Senhora da Assunção, estava me iniciando numa vida autenticamente
profissional: exercer a missão de professor, quando formava um bloco
uníssimo com companheiros mais idosos, porém com os quais, quase ainda
adolescente, procurei me enturmar.
Assim é que convivi com os padres Vicente
Freitas, Gervásio Fernandes, Luiz Gualberto; com os professores Domingos
Sobreira (Dr. Dingo), Dr. Hernani, Dr. Cristiano Cartaxo, além de outros meus
contemporâneos, como “Nego” Chico (Chico Venâncio, ou Francisco Venâncio, que
havia voltado do Sul, dizendo-se marinheiro, e que passou a ser o instrutor da
banda marcial do Diocesano), Antônio Batista, Dr. Abdiel, Assis de Donato,
Walmick Andrade, Antônio (Chinesinho), Herculano, Maílson, Socorro Lima,
Oneida, Neuman Soares (minha irmã), Valdenora, Zenaide, Marié, Landim e tantas
e tantos outros.
Embora já fosse funcionário do antigo DCT - Departamento de
Correios e Telégrafos – era na atividade do magistério que me sentia realizado.
Desta eu colhi excelente experiência e convivi com alunos, não somente de
Cajazeiras, mas de toda a região, inclusive do Ceará, com cuja convivência aprendi muito
da vida. Foram e são pessoas com algumas das quais, ainda hoje, mantenho
excelentes laços de amizade e fraternidade, buscando, rememorar, quando as
encontro, fatos e passagens daqueles saudosos dias vividos na labuta diária de
vida colegial.
Dos Correios, vêm-me à lembrança uma plêiade de velhos
amigos e companheiros que tocavam os serviços da fluência de cartas, telegramas
e encomendas, com uma prestimosidade e pontualidade que hoje já não se vê mais.
Havia passado o tempo dos antigos funcionários – Oliveiros de Oliveira
Fernandes, Zé Vilar, Daniel, Antônio Batista, entre outros, quando a agência
ainda ficava na Rua Padre Rolim, onde funcionou a Escola do Comércio - e
iniciava-se a fase comandada pelos velhos companheiros “decetistas”: Juarez
Marques, Belinha, Nadir, Efigênio, Edrízio, Antônio Ferreira, Benu, Nicholson,
Maria Ferreira, Lourdinha, Tim, Terezinha Timóteo, Ademir, Sales Figueiredo,
Francisquinha (esposa deste último), Deusimar Cavalcanti, Nazuíla, Stela
Alencar, Juracy, Iara Caju e tantos outros.
Mas, os Correios representavam para mim somente um caminho
de passagem, uma vez que, em paralelo à minha atividade de professor,
desabrochou a imensurável paixão pelo microfone, pelo radialismo, num momento
em que nascia a nossa inesquecível DRC - Difusora Rádio Cajazeiras - nos idos
de 1964, para onde fui levado pelas mãos e pela inteligência empreendedora de
Mozart, Jessé e Zé Adegildes. Estes últimos eram remanescentes dos serviços de
alto-falantes, onde pontificaram Zé Gonçalves, Aécio Diniz, Edmilson Feitosa,
Rubem Farias, Antônio Augusto de Albuquerque (o Pinguim), Zenildo Alcântara e
outros tantos cujos nomes o espaço não permite citá-los todos.
Aí, sim, depois de um breve retorno a João Pessoa, em 1966
voltei à minha terra, convidado que fui por Dom Zacarias, Padre Vicente e meu
fraternal amigo José Loureiro, para enfrentar o honrado cargo de Diretor de
Programação da Rádio Alto Piranhas, envolvendo-me novamente, com as atividades
de funcionário dos Correios, professor e radialista. Aí, nasceu a RAP, agora
cinquentenária, mas isto já será uma outra história que lhes procurarei contar
na próxima Coluna.
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