terça-feira, 10 de maio de 2016

Depois de 31 anos, Cajazeiras ganha uma nova escola estadual

José Antônio de Albuquerque


O pioneirismo de Cajazeiras no setor educacional é reconhecido pela ação e empreendimento do Padre Rolim e se faz merecedor por todos que se dedicam ao estudo da educação brasileira e o escritor, pesquisador e historiador Sebastião Moreira Duarte, assim escreve sobre este fato: “Poucos estabelecimentos de ensino, no Brasil do século XIX, terão tido a consagração que teve o seu colégio, encravado nos recantos perdidos do Sertão nordestino. Os seus alunos acorriam de partes as mais distantes do Nordeste e, como se verá, bom número deles deixou o nome a ombrear-se na História com o do seu mestre. A matrícula, no seu escondido educandário, corria paralela à do Liceu Paraibano, na Capital da Paraíba”.
Existem duas datas: 1836, com a Escolinha da Serraria e 1843, o Colégio do Padre Rolim, que ele instalou em Cajazeiras, que se torna iniciativa pioneira na cronologia dos estabelecimentos de Ensino da Região.
Com a morte do padre, em 1899, o colégio foi reaberto, por iniciativa da Diocese da Paraíba, no ano de 1903.
No dia 03 de março de 1918 foi criada a Escola Normal e sua primeira turma colou grau no dia 19 de março de 1922. A turma era composta de seis concluintes: eram três homens e três mulheres. A cidade se torna pioneira mais vez ao diplomar professores, fato de mais alta relevância na História da Educação Brasileira.
No ano de 1931, no governo do Interventor Antenor Navarro, foi criada a Escola Desembargador Boto, que este ano completa 85 anos de existência e se constitui como uma das escolas públicas mais antigas de Cajazeiras, que já mereceria ser instalada no majestoso prédio.
Em 1933, era criado o famoso Grupo Escolar Monsenhor Milanez, no governo do Interventor Gratuliano de Brito, que se constitui ao longo da história de Cajazeiras, por décadas, como a mais importante escola da cidade e por ela passaram alunos das mais tradicionais famílias da cidade, além de ter um corpo docente de renomados educadores.
Somente 18 anos depois, no ano de 1951, no governo de José Américo de Almeida, foi criada outra escola estadual: Dom Moisés Coelho, que a exemplo das outras escolas estaduais já existentes na cidade se destinava exclusivamente ao ensino primário.
Somente dez anos depois, no ano de 1961, quebra-se a hegemonia do ensino ginasial, até então somente ofertado pela rede particular de ensino, através dos colégios Padre Rolim e Nossa Senhora de Lourdes, ambos criados pela Diocese de Cajazeiras, era criado o Colégio Estadual de Cajazeiras, no governo de Pedro Moreno Gondim, uma luta do deputado estadual Acácio Braga Rolim e de outras lideranças da cidade, dentre eles Dr. Abdiel de Sousa Rolim.
Em 1975, a força política e a ação parlamentar do deputado estadual Edme Tavares, estavam em alta e fez com que o governador Ernani Sátiro construísse um novo modelo de escola que se espalhava pelo Brasil, denominadas de “Escolas Polivalentes”, que tinha como objetivo principal a formação inicial de mão-de-obra para os jovens e adolescentes, que recebeu o nome de Cristiano Cartaxo.
Em 1984, a luta de Edme Tavares, no Congresso Nacional, se fez vitoriosa e a cidade ganhava a segunda Escola Técnica Federal a ser instalada na Paraíba. Esta escola teve também a participação do senador Raimundo Lira e hoje se constitui um dos maiores orgulhos de todos os cajazeirenses, em função da qualidade de ensino que ela oferta aos seus alunos.
Em 1985, o governador Wilson Braga dava de presente, entre outras inúmeras obras, o Colégio Manoel Mangueira Lima, encravado numa importante área de expansão urbana da cidade.
Em 2016, a cidade será agraciada com uma Escola Técnica Estadual, cujos cursos serão objetos de reuniões, debates, audiências públicas, para serem definidos.

O que a sociedade espera é que estes cursos técnicos que serão implantados nesta nova escola possam atender as autênticas demandas do povo do sertão da Paraíba.




Nenhum comentário:

Postar um comentário