O pioneirismo de Cajazeiras no setor educacional é reconhecido pela ação e
empreendimento do Padre Rolim e se faz merecedor por todos que se dedicam ao
estudo da educação brasileira e o escritor, pesquisador e historiador Sebastião
Moreira Duarte, assim escreve sobre este fato: “Poucos estabelecimentos de
ensino, no Brasil do século XIX, terão tido a consagração que teve o seu
colégio, encravado nos recantos perdidos do Sertão nordestino. Os seus alunos
acorriam de partes as mais distantes do Nordeste e, como se verá, bom número
deles deixou o nome a ombrear-se na História com o do seu mestre. A matrícula,
no seu escondido educandário, corria paralela à do Liceu Paraibano, na Capital
da Paraíba”.
Existem
duas datas: 1836, com a Escolinha da Serraria e 1843, o Colégio do Padre Rolim,
que ele instalou em Cajazeiras, que se torna iniciativa pioneira na cronologia
dos estabelecimentos de Ensino da Região.
Com
a morte do padre, em 1899, o colégio foi reaberto, por iniciativa da Diocese da
Paraíba, no ano de 1903.
No
dia 03 de março de 1918 foi criada a Escola Normal e sua primeira turma colou
grau no dia 19 de março de 1922. A turma era composta de seis concluintes: eram
três homens e três mulheres. A cidade se torna pioneira mais vez ao diplomar
professores, fato de mais alta relevância na História da Educação Brasileira.
No
ano de 1931, no governo do Interventor Antenor Navarro, foi criada a Escola
Desembargador Boto, que este ano completa 85 anos de existência e se constitui
como uma das escolas públicas mais antigas de Cajazeiras, que já mereceria ser
instalada no majestoso prédio.
Em
1933, era criado o famoso Grupo Escolar Monsenhor Milanez, no governo do
Interventor Gratuliano de Brito, que se constitui ao longo da história de
Cajazeiras, por décadas, como a mais importante escola da cidade e por ela
passaram alunos das mais tradicionais famílias da cidade, além de ter um corpo
docente de renomados educadores.
Somente
18 anos depois, no ano de 1951, no governo de José Américo de Almeida, foi
criada outra escola estadual: Dom Moisés Coelho, que a exemplo das outras
escolas estaduais já existentes na cidade se destinava exclusivamente ao ensino
primário.
Somente
dez anos depois, no ano de 1961, quebra-se a hegemonia do ensino ginasial, até
então somente ofertado pela rede particular de ensino, através dos colégios
Padre Rolim e Nossa Senhora de Lourdes, ambos criados pela Diocese de
Cajazeiras, era criado o Colégio Estadual de Cajazeiras, no governo de Pedro
Moreno Gondim, uma luta do deputado estadual Acácio Braga Rolim e de outras
lideranças da cidade, dentre eles Dr. Abdiel de Sousa Rolim.
Em
1975, a força política e a ação parlamentar do deputado estadual Edme Tavares,
estavam em alta e fez com que o governador Ernani Sátiro construísse um novo
modelo de escola que se espalhava pelo Brasil, denominadas de “Escolas
Polivalentes”, que tinha como objetivo principal a formação inicial de
mão-de-obra para os jovens e adolescentes, que recebeu o nome de Cristiano
Cartaxo.
Em
1984, a luta de Edme Tavares, no Congresso Nacional, se fez vitoriosa e a
cidade ganhava a segunda Escola Técnica Federal a ser instalada na Paraíba.
Esta escola teve também a participação do senador Raimundo Lira e hoje se
constitui um dos maiores orgulhos de todos os cajazeirenses, em função da
qualidade de ensino que ela oferta aos seus alunos.
Em
1985, o governador Wilson Braga dava de presente, entre outras inúmeras obras,
o Colégio Manoel Mangueira Lima, encravado numa importante área de expansão
urbana da cidade.
Em
2016, a cidade será agraciada com uma Escola Técnica Estadual, cujos cursos
serão objetos de reuniões, debates, audiências públicas, para serem definidos.
O que a sociedade espera é que estes cursos técnicos que serão implantados nesta nova escola possam atender as autênticas demandas do povo do sertão da Paraíba.
O que a sociedade espera é que estes cursos técnicos que serão implantados nesta nova escola possam atender as autênticas demandas do povo do sertão da Paraíba.
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