quarta-feira, 16 de março de 2016

A arte de Cristina Moura, promete.

Cleudimar Ferreira




Como sempre tenho dito, quando tenho oportunidade de dizer! Cajazeiras é uma cidade vocacionada ao surpreendente e seus artistas por esse viés, vez por outra, surpreende. Mesmo os não assumidos, o fator “dom” que no estudo da arte não tem tanta importância, aflora com facilidade, revelando que a cidade parece ter nascido mesmo com o destino de ser um celeiro produtor de cultura no Estado.

Nesse contexto, transita com sensibilidade e com uma pintada de talento para a arte, a cajazeirense Cristina Moura. Não a conheço; nunca a vi; não conheço seu trabalho de perto, só por imagens circundantes via internet. Sei apenas que ela é uma conterrânea da gema, que mora em Vitória, Espirito Santo, que é professora, escritora, que gosta de jornalismo e de produzir belíssimos trabalhos plásticos como as fotos abaixo mostram. Quem há de contestar, que o que ela faz nas artes plásticas não é bom? É!

Ela trabalha um tipo de textura chamada de pontilhismo, para definir a sua técnica, que foi bastante utilizada por grandes pintores da arte mundial. Pintores como Georges Seurat - artista francês da fase final do impressionismo, encorpou a sua pintura com o pontilhismo. Um dos nossos artistas pop, Claudio Tozzi, foi e tem sido genial aplicando o pontilhismo nos seus trabalhos.

Desse modo, olhando a sua produção entre telas, desenhos e colagens, fica fácil perceber o que pretende Cristina Moura com seus acrílicos multicoloridos. Seria representar um mundo visionário numa terra onde a visão que temos é ocre por fatalidade do tempo, ou camaleôa as vezes numa só estação.

Van Gogh em alguns momentos de lucidez, fugiu dos traços nervosos que predominou na sua pintura, para experimentar os pontos coloridos dos seus pinceis. Cristina Moura, me parece, não tem essa pretensão, mas trabalha essa técnica com naturalidade, com autonomia e segurança no que faz. Parece ser uma promessa já previamente paga, realizada e quitada para as artes plásticas de uma cidade, que depois de Marcos Pê e Telma Cartaxo, vive uma inércia profunda no campo desse linguagem da arte.

























       




    


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