Cajazeiras segue justificando a frase “terra da cultura”,
que a ela foi atribuída por uma autoria ainda não revelado ou reivindicada.
Essa expressão, tem atingido o consenso durante décadas, dado a produção
artística que a cidade mostra, revelada nas suas quatros linguagens da arte.
Entre essas, a música, que tem se expressado através do talento do cajazeirense
Iran Lucas Cavalcante.
Músico, cantor e compositor, dono de uma voz inconfundível,
Iran Lucas vive exclusivamente da música na cidade de São Caetano, em São
Paulo, onde desenvolve seu trabalho musical, tocando na noite, em bares e
restaurantes da Região do ABC paulistano. Na sua trajetória na música em
São Paulo, Iran Lucas teve participação em várias bandas de rock; integrou o
grupo musical “Tietê” e formou com dois amigos um grupo de samba chamado “Amor
à Arte”.
Apaixonado pela autêntica MPB, em especial a música regional
nordestina, ele compõe o seu repertório com músicas autorais e uma vasta
seleção de nomes, como Luiz Gonzaga, Zé Ramalho (onde demonstra mais intimidade
com a suas canções), Chico César, Fagner, Raul Seixas, Djavan, Alceu Valença e
Lenine. Sua experiência no campo musical é vasta. O que dar a ele a credencial
para tocar de tudo. Rock, pop, forró, sertanejo, samba. Ou seja, na música ele
faz o que quiser para agradar seu público.
Natural do Distrito de Boqueirão, município de Cajazeiras,
Iran Lucas é descendente de uma família aficionada pela música. “A música na
minha família é uma filosofia de vida”, afirma. Seu pai tocava acordeom e
percussão. Os tios, cavaquinho; e o seu avô tinha uma banda de pífano e
confeccionava de bambu os próprios instrumentos - os pífanos. Portanto, como
ele mesmo diz “o seu DNA vem carimbado justamente desse envolvimento da família
com a música”.
Sua relação com os instrumentos começou ainda quanto era
garoto, aos 8 anos. Primeiramente com o acordeom. Nessa época, conta que seu
pai contraiu um empréstimo junto ao Banco do Brasil para comprar uma sanfona de
8 baixos para ele, e que aprendeu a tocar o instrumento, com ajuda de parentes.
Mas foi da relação de amizade com o grande sanfoneiro da região de Cajazeira,
Manoel Felipe, o qual, chama de “meu mestre”, já que aprendeu muita mais do
instrumento, vendo Manoel Felipe tocar. Depois, aos 12 anos, teve sua primeira
experiência com o violão e aos 16 anos, definitivamente, adotou a música como
profissão.
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