por: Cleudimar Ferreira
Alfredo
Ricardo do Nascimento, conhecido no
meio musical como Zé do
Norte, nasceu na cidade de Cajazeiras, Paraíba, em 18 de dezembro de 1908 e
faleceu no Rio de Janeiro, em 02 de outubro de 1979. A sua infância na terra natal Cajazeiras, ficou bem marcada em sua memória,
quando ainda criança para sobreviver à dura realidade da sua época, pegou no
pesado. Trabalhou junta com a família desde os nove anos, arrastando o cabo de
uma enxada na limpeza das roças. Aos 11 anos de idade, após perder os seus pais,
passou a morar com um tio. Dois anos depois, acabou fugindo de casa, devido um
desentendimento que culminou com uma briga. Como todo nordestino do seu tempo, dedicou parte
dos seus anos a cultura do algodão como catador e como almocreve pelos sertões da
Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e na cidade
de Codó no Estado do Maranhão.
Após anos de
dedicação a atividade rural, consegui um emprego no antigo Colégio Salesiano
Padre Rolim, hoje Colégio Diocesano de Cajazeiras, exercendo a função de
funcionário da limpeza, onde mesmo propondo a direção daquele estabelecimento
de ensino, trabalhar de graça para poder estudar, não teve o seu pedido aceito
por que, conforme lembra, o então diretor daquele estabelecimento de ensino o informou que aquele era um
colégio exclusivo para pessoas de família. “No Colégio Salesiano, minha função era varrer, limpar tudo. Mesmo assim,
o Padre Gervásio Queiroga, Diretor na época, não quis me dar
oportunidade. Pelo contrario, me discriminou, dizendo que estudar ali era pra
menino rico. Fiquei muito triste, pois queria apenas estudar, como pagamento
pelo meu trabalho”. Disse (amargurado)
o compositor.
Pontilhado de
sentimentos, por não ter encontrado chances de obter educação formal; em 1921,
aos 18 anos, saiu de Cajazeiras praticamente analfabeto com destino a
Fortaleza-Ceará, para alistar-se no exército brasileiro. De lá, foi para o Rio
de Janeiro em 1926, onde acabou indo servir no Iº Regimento de Infantaria da
Vila Militar. No exercito, já habituado com a disciplina do quartel, o artista
se transferiu para Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, onde se formou em
Enfermagem. Mais tarde, naquela cidade, foi morar numa localidade próxima ao
morro da Mangueira.
Apesar das
dificuldades de toda cidade grande, Zé do Norte não abriu mão de adquirir
sólida formação humanista e parecendo ser um autodidata, foi buscar os
seus objetivos. Aprendeu sem dificuldades matérias como: História,
Português e Literatura. Além disso, segundo ele mesmo falava, leu de tudo
- Graciliano Ramos, Olavo Bilac, Augusto dos
Anjos, Casemiro de Abreu, José de Alencar, Alexandre Dumas, Camões e
Balzac. Porém, antes de desenvolver tantas atividades intelectuais,
sempre gostava de cantar, mas não imaginava que isso o tornaria um dia a
sua atividade profissional, já que nunca havia estuda música, más
desde pequeno, admirava e gostava de acompanhar os cantadores de viola,
chagando a caminhar três a quatro léguas para assistir as cantorias. O Que foi
decisivo para vinculá-lo as suas raízes e produzir uma música bela e evocativa
dos sentimentos de sua gente.
O SURGIMENTO DO
ARTISTA.
No Rio, na esteira
da afirmação da música nordestina, através de Luiz Gonzaga em
programas da Rádio Nacional, criada após a Revolução de 30 por
Getúlio Vargas, para estimular a difusão de uma cultura nacional -
popular, bastante expressiva - embora ofuscada ao longo do tempo pela falta de
divulgação, Zé do Norte surge no panorama musical quando foi descoberto por
Rubens de Assis e pelo dramaturgo Juraci Camargo, autor de textos
fabulosos com "Deus lhe Pague", "Sindicato dos mendigos" e
“Lili do 47”, Juraci Camargo ao saber através de amigos, da
embolada “Errou o Tiro”, convidou o artista para atuar em
um show na Feira de Amostra do Rio de Janeiro, realizado na Aldeia
Portuguesa ao lado de nomes consagrados como Sílvio Caldas e Orlando Silva.
Segundo o artista, a embolada foi composta em 1938, quando soube da ofensiva
em Angicos - Sergipe, que acabou vitimando Lampião. A letra fazia com
humor e ironia crítica ao tenente João Bezerra da Silva,
responsável direto pela morte do cangaceiro.
Autodidata de
origem humilde, Zé do Norte, que no evento trabalhava como fiscal da feira,
cantou para uma plateia de 20 mil pessoas, que vibraram pedindo para
que o mesmo repetisse diversas vezes à embolada “Errou o Tiro”, obtendo grande
sucesso e agradando o público carioca e aos artistas presentes, chegando até
receber um cachê pela apresentação. Conforme o compositor, o início
da embolada era assim: “Você tá enganado, Lelê / O tiro não pegou não / Você tá
enganado, Lêle / Lampião não morreu não”. Em declarações dadas à jornalista
Mariana Moreira, publicada em 1985 no Jornal A União, Zé do Norte afirmou que
após a embolada “Errou o Tiro” ter ficado conhecida do público, se encontrou
com Tenente João Bezerra da Silva, comandante da volante que matou lampião e
mais dez cabras do seu bando e ao ficar frente-a-frente com o policial, o
abraçou e exclamou dizendo: “Você está enganado, O tiro não pegou não”.
TRAJETÓRIA NO
RÁDIO
Depois de mostrar
seu talento na Feira de Amostras, em 1939, o artista que até
o Show da Aldeia Portuguesa, era conhecido como João Joca -
seu primeiro nome artístico, acabou sendo levado por Lacy Martins,
irmão do compositor Herivelto Martins, para a Rádio Tupi.
Naquela emissora, Zé do Norte fez várias apresentações adotando o pseudônimo de
Zé do Norte. Após certo período de participações na programação diária
da Tupi, foi convidado pelos diretores para integrar o cast. daquela
rádio, onde mais tarde passou a apresentar o programa “Noite da Roça”, que foi
responsável pelo lançamento de diversos artistas e no qual se apresentaram,
entre outros, a
dupla sertaneja Alvarenga e Ranchinho e Luz “Lua”
Gonzaga, este ainda em começo de carreira. Um ano depois, em 1941, foi para a
Rádio Transmissora Brasileira (atual Rádio Globo) onde participou dos
programas, “Desligue, faz favor” e “Hora Sertaneja”.
A participação de
Zé do Norte em programas de diversas estações rádios carioca, crescia
dia-a-dia. Essa sobrecarga de atividades, hora como cantor ou
apresentador, contribuiu para a sua ascensão no meio radiofônico fluminense,
mas também trouxe problemas de saúde ao cantor, levando o mesmo a se afastar
temporariamente em 1942, devido a problemas na garganta que o
deixou afônico por alguns meses.
Depois de certo
período afastado, a sua volta ao rádio só foi possível em 1947, quando o mesmo
ingressou nas Rádios Fluminense e Clube do Brasil. Na “Clube”, Zé do Norte foi
principal apresentador do programa “Manhãs na Roça”, que revelou entre tantos
nomes da MPB do passado, os cantores Augusto Calheiros e Luiz Vieira,
que mais tarde ao lado do cantor, passou a trabalhar como diretor musical
no mesmo programa.
Ah, bom, Zé do Norte foi uma figura
importante na minha vida, foi quem me deu a primeira oportunidade. Aliás,
custou muito também pra me dar, mas eu era teimoso, eu ia todos os dias. Era um
programa que se fazia de manhã, sete horas da manhã. Declarou Luís (Rattes) Vieira Filho.
O cantor passou na
mesma época pelas rádios Guanabara (onde teve como sanfoneiro o
iniciante João Donato) e Tamoio - nessa última, atuando como
cantor, animador, declamador e organizador, se afastando novamente em 1953,
para se dedicar aos trabalhos de produção da trilha sonora do filme “O
Cangaceiro” e só voltando em 1956, para fazer um programa na Rádio Tupi, a
convite de J. D'Ávila, permanecendo, entretanto, por pouco tempo, por não se
adaptar aos programas gravados, já que queria apresentá-los ao vivo.
Ao lado de outros
iniciantes da música nordestina, que na mesma época eram atraídos para o
Rio de Janeiro, como: João Pernambuco, Jaime Florence - conhecido como
“Meira”, que com o “Dino Sete Cordas” formou uma das mais duradouras
duplas do violão da música brasileira e outros como: Luperce Miranda, Jackson
do Pandeiro, entre tantos; Zé do Norte viu surgir a grande oportunidade de
afirmação de seu talento, tendo nesse período de 1928 e até o final da década
de 50, tido intensa participação na difusão da cultura e do
cantar nordestino na antiga capital federal.
Em Cajazeiras durante a homenagem no IX Festival de Arte da Paraíba
RETORNO AS ORIGENS
Zé do Norte só
voltou a sua terra em 15 de setembro de 1985, quase 60 anos depois,
para ser homenageado como patrono do IX Festival de Arte da Paraíba, que
naquele ano era realizado em Cajazeiras. Quase despercebido, em função de
o evento ter sido realizado três meses antes das comemorações natalinas. Durante
a semana do festival algumas atividades foram feitas na cidade para
marcar aquela que seria a data de 90 anos de Alfredo Ricardo do Nascimento e a
comemoração do seu retorno a cajazeiras. Para os que acompanharam a
programação do evento, uma pergunta carregada de curiosidade calou a boca de
muita gente. Quem seria ele? Mesmo que dissessem se tratar de Zé do Norte,
outros tantos perguntariam, quem é, que importância ele teria para receber tal
honraria?
“Ser chamada a Cajazeiras como
patrono do IX Festival de Arte da Paraíba é a maior alegria de toda a minha
vida. Quando recebi a notícia passei uma meia hora sentado sem sequer conseguir
me levantar de tanta emoção. Pensei até que o coração fosse parar,
principalmente por me encontrar convalescendo de um enfisema recente.”
Afirmou o compositor.
Capa dos livros "Memorias de Zé do Norte" e "Brasil Sertanejo"
O GOSTO PELA LITERATURA
Na sua minúscula
produção literária, porém grande na importância que foi no conjunto para a
contribuição do conhecimento da música e da cultura regional nordestina,
ainda desconhecida nos grandes centros na época em que viveu, Zé no Norte
deixou três livros publicados. O primeiro que foi lançado em 1948, no Rio de
Janeiro pela Asa Artes Gráfica, com o título "Brasil Sertanejo", traz em seu
conteúdo, histórias, curiosidades, cantigas, mentiras e anedotas; poemas
e dialeto do universo cultural do sertão do Nordeste. O segundo foi
“O lobisomem de Cajazeiras", que na época não passou pelo crivo oficial
dos conselhos editoriais vigentes. Livro esse que segundo comentários feitos na
imprensa carioca, teria sido plagiado por autores de textos teatrais e de novelas
de TV, com nome de outros autores. O livro só foi editado em 1985, no Rio, pela
Continental Editorial Ltda., juntamente com o terceiro livro,
“Memórias de Zé do Norte”, um trabalho biográfico que fala de suas memórias no
rádio e na música brasileira. Quando era perguntado sobre a imitação do seu
romance “Lobisomem de Cajazeiras” em produções de teatro e televisão (como
foi o caso da novela "Saramandaia" e a minissérie O Bem Amado -
Rede Globo), ele sempre foi cauteloso na resposta, não preferindo afirmar nada,
mas também não desmentia. Dizia apenas que um dia a verdade chegaria
à tona.
Foto de Zé do Norte em Cajazeiras
A MÚSICA E A POLÍTICA.
Zé do Norte não se
considerava um artista com visão política no sentido amplo do termo. Mas quando
exprimia o seu pensamento sobre o assunto não transparecia ser um alheio e nem
tampouco um revoltado. Parecia mais um conciliador diante das discussões políticos
de sua época. A garganta seca, que falava de injustiças e disparidades era a
mesma que entoava versos encantadores. Afirmava que era apenas consciente dos
problemas nordestinos, principalmente o da sua terra natal. Não era um
revoltado, mas tinha sede de justiça diante do despreza das questões sociais
que afligia e que ainda permeia no seio de seus conterrâneos. Multiplicava
esses sentimentos em versos de uma sutil aguçada crítica, cheirando a
desabafo e questionamento.
“Até aqui não vi nada de novo nesse novo
momento. O nordeste continua o mesmo. As crianças permanecem morrendo de
subnutrição, a miséria corroendo a dignidade e a segurança do
homem nordestino”.
Sobre a relação de
sua obra com a problemática social do nordeste, escreveu a jornalista Mariana
Moreira. (Jornal A União, Setembro / 1985).
“... A lâmina de sua poesia dissecando
engrenagens opressivas, debruadas de mentiras sociais. No olhar seco
de nordestino cedente de chuva e de justiça, o desencanto com a cresceste
mudança do regime. Zé continua empenhado em grande parte de sua vida em criar.
O tema, claro, é sempre o homem nordestino, o sertanejo que
prepara a sua rocinha, vibra quando o açude bebe água e chora com a
estiagem e o bicudo. Simbolicamente, nos versos que criou e musicou para
riqueza do nosso acervo plural.” “Eu fui dançar /
com sapato de algodão / o sapato pegou fogo / e eu fiquei de pé no chão”.
Alfredo Ricardo ou
Simplesmente Zé do Norte, conservou com força até o último dia de vida o chapéu
encravado na cabeça e provou que apesar de ter vivido intensamente com a
cultura de uma região adversa da sua, nunca esqueceu os
valores cultuais de sua terra e de sua gente. Quando era provocado
sobre o que era ser nordestino, trabalhando numa região com modos e
costumes diferentes do nordeste, buscando uma oportunidade num mercado dominado
por artistas sulistas, ele dizia que do Sul Maravilha não se orgulhava de nada
e que do sertão onde nasceu também nada perdia. Entendia como qualquer um que
saiu do nordeste, a procura de uma vida melhor em outra região, que o nordeste
era colônia do sul e que trabalhava para enriquecer o sul e que nem
por isso se arrependia de lá residir e trabalhar.
MUSICOGRAFIA
A
cronológica trajetória musical do cantor Zé do Norte e seu viés estão
enraizados no cancioneiro popular nordestino. Uma música a florada nas
noites de cantorias, repentes, toadas de vaqueiros e nas emboladas de
cocos, que deram origem a uma escalada de ritmos bem conhecidos na musicalidade
regional brasileira, principalmente no nordeste, como o baião, o xote e
o xaxado. Gêneros musicais relativamente ricos em arranjos
melódicos, de letras simples, porém carregadas de lirismo, muitos inspirados
nos versos de cordéis que eram pendurados e vendidos nas feiras livres do
interior da região onde viveu.
Esse estilo,
carregados de cultura, estórias e lendas, muito comuns no jeito
folclórico de contar os costumes do nosso povo. Esse modo de agir e viver
ficaram enraizados no inconsciente de muitos artistas nordestinos - principalmente
no de Zé do Norte, que diante das dificuldades que a vida lhes reservou, era
consciente que nem tudo estava perdido, e ao descobrir a sua particularidade
musical, encontrou nela uma maneira para a sua entrada e uma posterior
afirmação no competitivo mercado musical brasileiro.
Zé do Norte apesar
de trazer aparente rude formação musical, tinha uma sensibilidade
diversificada, peculiar nos artistas nordestinos e bem antes dos
grandes nomes de ponta aportarem nos programas de auditórios das grandes
estações de rádios do eixo Rio - São Paulo, ele - que havia chegado no Rio em
1926, já estava fazendo escola no meio artístico da antiga capital federal,
levando a cultura do Nordeste ao conhecimento de um mercado restrito aos seus
mitos e ícones. Saindo na frente, talvez, como princípio gerador dos furtos da
música nordestina fora do seu habitar natural. Frutos esses que só
apareceram com afinco, na virada dos anos 40 para os anos 50, com a difusão
definitiva a partir de 1946, do “baião”, um ritmo cujas características lembram
o coco, dança popular bastante conhecida dos nordestinos.
Esse nordestino interiorano ritmo
onde o compositor foi beber foi trazido para os grandes centros e capitais do
nordeste, através dos sanfoneiros, muitos deles de origem humilde, entre
eles Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira e Zé Dantas, consagrados
como seus principais divulgadores. Porém nessa linha, Gonzaga, Teixeira e
Zé Dantas não estavam sós. Havia nessa fileira, correndo por fora outro
compositor que embora menos aclamado entre os artistas sulistas, transportava
em seu matulão, a musicalidade poética do sertão. Era Zé do Norte, que em 1950,
despontava também com muito sucesso no meio musical, com o xote "Vamos
rodar" e a valsa "Prazer do boiadeiro", ambas de sua
autoria.
Nessa mesma época,
outra canção colocava o se nome na fileira de nomes da música
regional nordestina. A canção era “Mulher Rendeira”, que trazia no seu
conteúdo versos alusivos e aos costumes do povo do nordeste e à cultura
do cangaço, em particular a sua figura maior, Virgulino Ferreira
da Silva (o lampião). “Mulher Rendeira” atingiu o sucesso absoluto na época,
ficando mundialmente conhecia após ser incluída em 1953, na trilha sonora do
filmo “O Cangaceiro”, de Lima Barreto.
E no Brasil, quem
não conhece os versos de “Mulher Rendeira”. No nordeste, por exemplo, eles
foram muitas vezes cantados pelos sertões nordestinos no tempo
do cangaço ficando tão enraizados no imaginário coletivo, que
muitos a tem como herança folclórica, de domínio público e autor desconhecido.
Para alguns estudiosos da música folclórica nordestina, “Mulher Rendeira”
seria um antigo tema popular, cercada pela lenda de que teria sido feita por Antônio
dos Santos, o Volta Seca, um jovem integrante do bando de Lampião que se
destacou entre os demais integrantes do grupo, por suas habilidades em criar
versos e musicar os mesmos. O mérito do compositor Zé do Norte e a sua relação
com a música, está o de ter dado a "Mulher Rendeira", uma adaptação
com a manutenção de sua estrutura original, criando assim uma melodia fácil de
cantar e aceitável ao gosto popular, caindo na graça do diretor Lima Barreto e
finalmente inserida no filme juntamente com outras canções do compositor, como:
“Sodade, meu bem, sodade", "Lua bonita" e o coco "Meu
pião", com referências ao seu tempo de criança.
O certo é que a
música "Mulher Rendeira", ganhou três versões na letra e que não há
fatos que comprovem quais das três teriam a sua originalidade declarada. Na
versão gravada por Zé do Norte e regravada por “Demônios da Garoa” a letra é
poeticamente pobre se caracterizando apenas como uma sequência de refrões intermináveis e repetitivos. Na adaptação feita por Hervé
Cordovil, a música traz uma letra mais
inteligente, com uma poesia mais elaborada e trabalhada, que faz alusão ao
local onde o compositor Zé do Norte nasceu, no caso, a cidade de Cajazeiras. Na
versão cantada por Antônio dos Santos, o “Volta Seca” os versos são mais longos
e os refrões mais curtos, caracterizando uma letra cheia de sentimentos e
carregada de lirismo, atributos comuns no universo cultural do povo nordestino.
(letra original
gravada pelo grupo Demônios da Garoa)
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá
Tu me ensina a
fazer renda,
Eu te ensino a
namorá.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Tu me ensina a
fazer renda,
Eu te ensino a
namorá.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Saudade levo
comigo,
Soluço vai no
emborná.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Se você tá me
querendo,
Vamo pra Igreja,
vamo casá.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá,
E depois de nóis
casado,
Vou pra roça, vou
prantá.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé rendá,
Tu me ensina a
fazer renda,
Eu te ensino a
namorá.
Olé, Mulher
Rendeira,
Olé mulhé renda
(Adaptação
de Hervé
Cordovil)
Olê, Mulher
Rendeira
Olê, mulher renda
Tu me ensina a
fazer renda
Que eu te ensino a
namorar
Lampião desceu a
serra
Deu um baile em
Cajazeira
Botou moça donzela
Prá cantar “Mulher
Rendeira”
As moças da Vila
Bela
Não tem mais
ocupação
E só vivem na
janela
Namorando Lampião
MULHER RENDEIRA
(Versão original feita
por Antônio dos Santos, o “Volta Seca”)
Olê mulher
rendeira
Olé mulher renda
E a pequena vai no
bolso
E a maior vai num
“imborná”
Se chorar por mim
não fica
Só se eu não
“pude” levar
O “fuzí” de
lampião
Tem cinco laço de
fita
No lugar que ele
habita
Não “farta” moça
bonita
Olé mulher
rendeira
Olé mulher renda
A pequena vai no
bolso
A maior vai num
“imborná”
Se chorar por mim
não fica
Só se eu não
“pude” levar
Talvez sejam
poucos os que se lembram do bom resultado que o filme trouxe para o cinema
brasileiro, sendo considerado o melhor filme de aventura do Festival de Cannes.
O premiado clássico de Lima Barreto contribui para que Zé do Norte ficasse
conhecido no mundo inteiro - Europa, EUA, e Rússia, já que a fita foi vista em
quase 80 países, atingindo a marca de 50 milhões de cinéfilos. Em “O
Cangaceiro”, Zé do Norte foi responsável pela trilha sonora, teve ligeira
participação em algumas cenas, e foi (a convite da escritora Raquel de Queiroz,
então roteirista do filme) consultor de linguagem e costumes do nordeste. Na
relação de Zé do Norte com o filme gerou uma ação na justiça em 1953, impetrada
contra a empresa cinematográfica Vera Cruz. O AUTOR DE Mulher rendeira alegava
na época que aquela companhia não havia incluído o seu nome na apresentação do
filme. Na ação indenizatória, o autor da música pedia a justiça o pagamento de
300 mil cruzeiros.
Zé do Norte
produziu cerca de 200 obras musicais, boa parte, resultado de um trabalho
catalográfico. Dessa safra mais de 100 foram editadas e gravadas por grandes
nomes da MPB. Em 1955 a cantora Inezita Barroso gravou "Mineiro tá me
chamando", adaptação de Zé do Norte para tema do folclore mineiro. Dois
anos depois, em 1957, Zé do Norte, gravou com seu Conjunto Nordestino os cocos
"Mudança na capitá" e "Na Paraíba". No ano seguinte, com o
mesmo grupo, gravou o coco "No boero da usina" e a toada "Vaca
Turina". No final da década de 50, Luiz Vieira gravou o baião "Milho
verde". Nos anos de 1970, o roqueiro Raul Seixas regravou a toada
"Lua bonita".
Sua obra hoje é
cantada no Brasil inteiro, embora nem sempre a fonte seja citada. Um exemplo
claro está no disco "Transa", de 1972, de Caetano Veloso, a música
"It's a long way" cita versos de Zé do Norte ("os óios de cobra
verde/ hoje foi que arreparei / se arreparasse há mais tempo/ não amava quem
amei (...) arrenego de quem diz/ que o nosso amor se acabou / ele agora está
mais firme do que quando começou"), mas, nos créditos da música, tanto no
disco quanto na homepage oficial do cantor, eles são colocados como da lavra do
baiano.
Nesse leque das
obras primas compostas por Zé do Norte, outra canção de sua autoria muito
conhecida de todos nós é "Sodade, meu bem, sodade", considerada a sua
primeira música, composta por motivo de uma desilusão amorosa, quando o artista
tinha 11 anos de idade. A composição sofreu algumas modificações no ritmo
quando Zé do Norte passou a trabalhar na Rádio Tupi. A toada “Sodade meu bem
Sodade” foi gravada pela primeira vez pela atriz Vanja Orico, em 1953, também
interpretada por nomes de ponta da MPB, como: Nana Caymmi e Maria Bethânia. A
música "Meu Pião", lançada pelo cantor em 1971, se tornou bastante
conhecida entre nós na voz de compositor pernambucano, Geraldo Azevedo.
Suas músicas, além
de evocativa das coisas sertanejas, têm muito lirismo, como se vê em
"Sapato de algodão (“ eu fui dançar/ com meu sapato de algodão/ o sapato
pegou fogo/ eu fiquei de pé no chão"), outra, de versos singelos, que
também é atribuída em várias regiões do Nordeste, como música do folclore, é
"Lua bonita", (“Lua bonita, se tu não fosse casada/ eu comprava uma
escada/ pra ir no céu te beijar/ e se colasse meu frio com teu calor/ pedia a
Nosso Senhor/ pra contigo casar”), em parceria com Zé Martins, composta 1953.
Essas músicas
fizeram grande sucesso e chegaram a serem gravadas no exterior. Por volta dos
anos 60, no período mais fértil da carreira de Joan Baez, vários artistas, como
Bob Dylan e a própria Baez foram encontrar no folclore americano e na música
latina suas fontes de inspiração. E é num de seus primeiros discos, o
"Joan Baez 5", que encontramos a música "Mulher Rendeira",
com o título de "O Cangaceiro" e com Zé do Norte, com seu nome de
batismo completo, Alfredo Ricardo do Nascimento. Nesse mesmo disco, Baez também
gravou a "Quinta Bachiana", de Villa-Lobos. Zé do Norte foi um
representante típico daqueles artistas enquadrados na definição de Tolstoi:
"Sou universal ao falar de minha aldeia. Descreva sua terra e assim
estarás descrevendo o mundo todo".
DISCOGRAFIA
A discografia do compositor Zé do Norte, é composta
de três álbuns (Discos de carreira) em vinil (antigo LP) com os seguintes
títulos: o primeiro foi gravado nos estúdios da Copacabana em 1957, tem o
título “Cantos do Nordeste (Zé do Norte e Seu Conjunto Nordestino)” o segundo,
lançado 1969 pela Chantecler, com o nome “Mulher Rendeira” e ultimo editado
pela gravadora Bervely em 1973, como título de capa “Zé do Norte e Sues
Guriatâs”. Além desses três LP’s acima citados, o cantor gravou (num total de
10) ao longo de sua carreira musical, uma série de compactos simples em 78
rotações. A começar com o disco edição em 1950 pela gravadora “Star”, que
continha as músicas: “Roi roi” e “Zé das Alagoas” e terminando em 1960, com
disco lançado pela gravadora Copacabana, cujo a edição trazia as canções: “Rock
do matuto” e “Berimbau de baiano”. Zé do Norte participou ainda de dois discos
coletivos. “Forró do Zé Tatu” - 1969 e “Lá no Norte” - 1973 lançados pelas
gravadoras Chantecler e RCA Camden respectivamente. Em 2011, a cantora paraibana Socorro Lira, lançou com patrocínio do Banco do Nordeste, o CD Lua Bonita - Zé do Norte 100 anos. O disco que foi produzido entre os anos 2008 e 2010, para marcar o centenário de nascimento do cantor, contou com a participação especial de Elba Ramalho, Vanja Orico, Geraldo Azevedo, Sandra Belê e Zé Paulo Medeiros.
ZÉ DO NORTE E SUES GURIATÃS.
AMCLP 5186. Disco (Lp - 78r). 1973 – Bervely
Músicas:
1. Portugal meu tataravô (Zé do Norte)
2. Rainha de tamba (Zé do Norte)
3. Vaqueiro novo (Julio Ricardo - Zé do Norte)
4. Caminhando com Deus (Zé do Norte)
5. São Jorge e a lua (Zé do Norte)
6. Mulher rendeira (Tradicional - Arr. Zé do Norte)
7. É de um lado só (Zé do Norte)
8. Uma esperança (Zé do Norte)
9. Jequitibá (Zé do Norte)
10. No reino de Iemanjá (Zé do Norte)
11. Brasil da integração (Zé do Norte)
12. Meu pião (Zé do Norte)
1. Portugal meu tataravô (Zé do Norte)
2. Rainha de tamba (Zé do Norte)
3. Vaqueiro novo (Julio Ricardo - Zé do Norte)
4. Caminhando com Deus (Zé do Norte)
5. São Jorge e a lua (Zé do Norte)
6. Mulher rendeira (Tradicional - Arr. Zé do Norte)
7. É de um lado só (Zé do Norte)
8. Uma esperança (Zé do Norte)
9. Jequitibá (Zé do Norte)
10. No reino de Iemanjá (Zé do Norte)
11. Brasil da integração (Zé do Norte)
12. Meu pião (Zé do Norte)
MULHER RENDEIRA
CMG 2514. Disco (Lp - 78r). 1969 – Chantecler
Músicas:
1. Balança rede (Waldemar Gomes - Zé do Norte)
2. Meu pião (Zé do Norte)
3. Lua bonita (Zé Martins - Zé do Norte).
4. Espingarda, pá (Tradicional do folclore nordestino - Arr. Zé do Norte).
5. Sapato de algodão (Zé do Norte).
6. Os retirantes (Zé do Norte - Péricles Salles)
7. Sem mulher não tenho sono (Zé do Norte).
8. Mulher rendeira (Tradicional - Arr. Zé do Norte).
9. Sodade, meu bem sodade (Zé do Norte).
10. Godero (Zé do Norte - Solange Andrade do Nascimento)
11. Côco de Amaralina (Zé do Norte - Raimundo Alves)
1. Balança rede (Waldemar Gomes - Zé do Norte)
2. Meu pião (Zé do Norte)
3. Lua bonita (Zé Martins - Zé do Norte).
4. Espingarda, pá (Tradicional do folclore nordestino - Arr. Zé do Norte).
5. Sapato de algodão (Zé do Norte).
6. Os retirantes (Zé do Norte - Péricles Salles)
7. Sem mulher não tenho sono (Zé do Norte).
8. Mulher rendeira (Tradicional - Arr. Zé do Norte).
9. Sodade, meu bem sodade (Zé do Norte).
10. Godero (Zé do Norte - Solange Andrade do Nascimento)
11. Côco de Amaralina (Zé do Norte - Raimundo Alves)
CANTOS DO NORDESTE (Zé do Norte e Seu Conjunto
Nordestino)
CLP 2042. Disco (Lp - 78r). 1957 - Copacabana.
CLP 2042. Disco (Lp - 78r). 1957 - Copacabana.
Músicas:
1. Vaca turina (Zé do Norte)
2. Penerando bagêre (Zé do Norte)
3. Mangabeira (Zé do Norte)
4. Passo preto anum mará (Zé do Norte - José Benvindo)
5. No boêro da usina (Zé do Norte)
6. Na Paraíba (Zé do Norte)
7. O Nordeste iluminou (Zé do Norte)
8. Mulé preguiçosa (Zé do Norte)
1. Vaca turina (Zé do Norte)
2. Penerando bagêre (Zé do Norte)
3. Mangabeira (Zé do Norte)
4. Passo preto anum mará (Zé do Norte - José Benvindo)
5. No boêro da usina (Zé do Norte)
6. Na Paraíba (Zé do Norte)
7. O Nordeste iluminou (Zé do Norte)
8. Mulé preguiçosa (Zé do Norte)
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1960 - Copacabana
Músicas: 1. Rock do matuto (Zé do Norte) 2. Berimbau de baiano (Zé do Norte)
78 RPM. Compacto Simples. 1960 - Copacabana
Músicas: 1. Rock do matuto (Zé do Norte) 2. Berimbau de baiano (Zé do Norte)
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1958 - Copacabana
Músicas: 1. No boero da usina (Zé do Norte) 2. Vaca turina (Zé do Norte)
78 RPM. Compacto Simples. 1958 - Copacabana
Músicas: 1. No boero da usina (Zé do Norte) 2. Vaca turina (Zé do Norte)
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1957 - Copacabana
Músicas: 1. Mudança na capitá (Zé do Norte) 2. Na Paraíba (Zé do Norte)
78 RPM. Compacto Simples. 1957 - Copacabana
Músicas: 1. Mudança na capitá (Zé do Norte) 2. Na Paraíba (Zé do Norte)
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1955 - Todamérica
Músicas: 1. Côco de Macaíba 2. Meu baraio dois-dois
78 RPM. Compacto Simples. 1955 - Todamérica
Músicas: 1. Côco de Macaíba 2. Meu baraio dois-dois
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1955 - Todamérica
Músicas: 1. Três potes 2. Será que eu sou baiano?
78 RPM. Compacto Simples. 1955 - Todamérica
Músicas: 1. Três potes 2. Será que eu sou baiano?
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - RCA Victor
Músicas: 1. Mulher rendeira 2. Lua bonita
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - RCA Victor
Músicas: 1. Mulher rendeira 2. Lua bonita
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - RCA Victor
Músicas: 1. Meu pião 2. Sodade, meu bem, sodade
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - RCA Victor
Músicas: 1. Meu pião 2. Sodade, meu bem, sodade
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - Continental
Músicas: 1. Na fazenda do Ingá 2. Lagoa Javari
78 RPM. Compacto Simples. 1953 - Continental
Músicas: 1. Na fazenda do Ingá 2. Lagoa Javari
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1950 - Star
Músicas: 1. Estrela D´alva 2. Cabra macho é Pernambuco
78 RPM. Compacto Simples. 1950 - Star
Músicas: 1. Estrela D´alva 2. Cabra macho é Pernambuco
ZÉ DO NORTE.
78 RPM. Compacto Simples. 1950 - Star
Músicas: 1. Roi roi 2. Zé das Alagoas
COLETÂNEAS QUE O ARTISTA PARTICIPOU
LÁ NO NORTE - Vários Artistas
Disco (Lp - 78r). 1973 - RCA Camden
78 RPM. Compacto Simples. 1950 - Star
Músicas: 1. Roi roi 2. Zé das Alagoas
COLETÂNEAS QUE O ARTISTA PARTICIPOU
LÁ NO NORTE - Vários Artistas
Disco (Lp - 78r). 1973 - RCA Camden
01. Último pau-de-arara
( ) Ary Lobo
02. Balancero da usina
(Abdias Filho - João do Vale) Marinês
03. Acorda Maria Bonita
(Volta Seca) Nerino Silva
04. Lá no norte
(Gilvan Chaves) Jair Alves
05. Lua bonita
(Zé do Norte) Zé do Norte
06. Forró do Zé Lagoa
(Gerson Filho - Chico Anísio) Chico Anísio e Nancy Wanderley
07. Súplica cearense
(Gordurinha) Nerino Silva
08. Pisa na fulô
(João do Vale - Silveira Júnior - Ernesto Pires) Ivon Cury
09. O vendedor de caranguejo
(Gordurinha) Ary Lobo
10. Dono dos teus olhos
(Humberto Teixeira) Jair Alves
11. Mambo do Ceará
(Catulo de Paulo - Roberto Silveira) Trio Nagô
12. Cabra da peste
(Luiz Gonzaga - Zé Dantas) Luiz Gonzaga
13. Vou pra caxias
(João do Vale - Ari Rangel de Sales) Ary Lobo
FORRÓ DO ZÉ TATU - Vários Artistas
Disco (Lp - 78r). 1969 - Chantecler
01. Forró do Zé Tatu
(Luiz Wanderley - Artis Artoni) Luiz Wanderley
02. Salada Nordestina
(Luiz Queiroga) Genival Lacerda
03. Balança a rede
(Zé do Norte - Waldemar Gomes) Zé do Norte
04. Só o amor vence o ódio
(Italúcia - Anastácia) Trio Caruaru
05. Fofoca
(Bernardo Silva) Zenilton
06. Côco da umbigada
(Luiz Wanderley - Nilton Del Soto) Luiz Wanderley
07. Sou tricolor
(Luiz Wanderley - Nilton Del Soto) Luiz Wanderley
08. Florisbela
(Bernardo Silva - De Castro) Genival Lacerda
09. Tomé lagoinha
(J. Cavalcante) Zé do baião
10. Pitiguari
(Lino Barros) Trio Caruaru
11. Saudade de Leopoldina
(Luiz Wanderley - Nilton Del Soto) Luiz Wanderley
12. Cantor famoso
(Genival Lacerda - Jacy Santos) Genival Lacerda
CANÇÕES DE ZÉ DO NORTE GRAVADAS POR INTÉRPRETES DA MPB.
Música - Disco - Ano - Interprete
A lua girou. Katxerê, 1997, Kátia Teixeira
Ciranda do Mar. Estradas, 1976, Paulo Diniz
I'm waiting (For your love) (Sodade meu bem sodade). Nalva, 1971, Nalva Aguiar
Lua Bonita. Bis - Raul Seixas, 2000, Raul Seixas
Lua Bonita. Série: 2 LPs em um CD. Uah - Bap'Lah - Béin - Bum! A Pedra do Gênesis, 1999, Raul Seixas
Lua Bonita. Palavra Nordestina, 2005, Fernando Rocha e Nonato Luiz
Lua Bonita. Se o rádio não toca..., 1995, Raul Seixas
Lua Bonita. A Pedra do Gênesis, 1988, Raul Seixas
Lua Bonita. Mulher Rendeira, 1969, Raul Seixas
Mãe do Ouro. A voz de Leny Eversong ,1956, Leny Eversong
Meu Pião. The Girl From Ipanema, 1997, Astrud Gilberto
Meu Pião. Palavra Nordestina, Fernando Rocha e Nonato Luiz
Meu Pião. Bicho de 7 Cabeças, 1979, Geraldo Azevedo
Minero tá me chamano. Inezita Barroso, 1961, Inezita Barroso
Mulher Rendeira. Free Bossa, 2000, Nouvelle
Mulher Rendeira. Brasil Musical - Série: Música Viva. Marco Pereira e Ulisses Rocha, 1996, Marco Pereira
Mulher Rendeira. Dança dos Quatro Ventos, 1994, Marco Pereira
Mulher Rendeira. Instrumental no CCBB, 1993, Canhoto da Paraíba / Zimbo Trio
Mulher Rendeira. Profissão: Música - Wagner Tiso, 1991, Wagner Tiso
Mulher Rendeira. Mistérios, 1989, Diana Pequeno
Mulher Rendeira. Violão Popular Brasileiro Contemporâneo, 1985, Marco Pereira
Mulher Rendeira. Chama, 1984, Hélio Delmiro
Mulher Rendeira. Maria Alcina, 1973, Maria Alcina
Mulher Rendeira. Autentico! - Bola Sete And The New Brazilian Trio, 1966, Bola Sete
Na fazenda do Ingá. Coisas do Meu Brasil, 1955, Inezita Barroso
Onde anda você. Cirandeira, 2001, Elba Ramalho
Rainha de Tamba. Ao Vivo, 1985, Alceu Valença
Rainha de Tamba. Um nordestino alegre, 1977, Jackson do Pandeiro
Sodade, meu bem sodade. Ribeirão encheu, 1995, Pena Branca e Xavantinho
Sodade, meu bem sodade. Amazônia, 1980, Nazaré Pereira
Sodade, meu bem sodade. Nazaré Pereira a L'olympia, 1981, Nazaré Pereira
Sodade, meu bem sodade. Retrospectiva em 5 Movimentos, 1995, Quinteto Violado
Sodade, meu bem sodade. Eduardo Araújo, 1972, Eduardo Araújo
Sodade, meu bem sodade. (Vinheta) Olho D'água, 1992, Maria Bethânia
Sodade, meu bem sodade. Palavra Nordestina, Fernando Rocha e Nonato Luiz
Sodade, meu bem sodade. Antologia do Baião, 1977, Quinteto Violado
DISCOS PRODUZIDOS EM SUA HOMENAGEM
LUA BONITA (Zé do Norte 100 anos)
CD gravado pela Fratore. Produzido com patrocínio do Banco do Nordeste entre 2008 - 2010 pela cantora Socorro Lira e lançado em 2011
Artistas convidados:
1. Elba Ramalho
2. Geraldo Azevedo
3. Sandra Belê
4. Vanja Orico
5. Zé Paulo Medeiros
Músicas:
1. Meu Pião (Zé do Norte)
2. Rainha de Tamba (Zé do Norte)
3. Flor do Campo (Zé do Norte) participação de Elba Ramalho4. Mulher Rendeira (Zé do Norte)
5. Balança a Rede (Zé do Norte e Waldemar Gomes)
6. No Reino de Iemanjá (Zé do Norte)
7. São Jorge e a Lua (Zé do Norte)
8. Sodade, Meu Bem, Sodade (Zé do Norte) participação de Vanja Orico
9. Sapato de Algodão (Zé do Norte)
10. Vai Ver Que Chegou (Zé do Norte)
11. Lua Bonita (Zé do Norte e Zé Martins) participação de Geraldo Azevedo
12. O Poeta (Zé do Norte) participação de Zé Paulo Medeiros
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
..................................................................................................................................................
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. www.dicionariompb.com.br
FEITOSA, Enoque. www.canalnoite.com.br
MOREIRA, Mariana. Zé do Norte, o Sertão e a Sodade. Jornal A União, pág. 19, domingo, 15 de setembro de 1985.
TAPIOCA, Roberto. Lampião, o Mito. Olinda/PE, 10ª Ed. Do Autor. 2004
www.cliquemusic.com.br
www.brasilemvinil.com.br
www.mikkolee.hpg.ig.com.br
www.feiradolivrodosertao.com.br
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. www.dicionariompb.com.br
FEITOSA, Enoque. www.canalnoite.com.br
MOREIRA, Mariana. Zé do Norte, o Sertão e a Sodade. Jornal A União, pág. 19, domingo, 15 de setembro de 1985.
TAPIOCA, Roberto. Lampião, o Mito. Olinda/PE, 10ª Ed. Do Autor. 2004
www.cliquemusic.com.br
www.brasilemvinil.com.br
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www.feiradolivrodosertao.com.br
www.https://ims.com.br/
https://ims.com.br/acervos/pesquise-nos-acervos/#fotografia
Aviso:
A exposição ou reprodução na íntegra desse contéudo em material impresso, livros, revista, sites, sem a devida autorização do autor é plágio e será passivo a ações pela a lei.
Meu Jesus, como foi muito importante o meu conterrâneo Zé do Norte!
ResponderExcluirNunca imaginei que este homem nascido no interior da Paraíba, tivesse uma importância tão grande para a música brasileira e em especial a nordestina!
Estou muito feliz em conhecer um pouco de sua obra monumental!
Estou perplexa com tamanha herança cultural que Zé do Norte injetou na história Nordestina, paraibana e por que não dizer, de Cajazeiras. Não tinha ciencia de sua influencia na música nordestina. Conhecemos pouco sobre nós mesmos.
ResponderExcluirZé do Norte mostrou as humilhações da aristocracia cajazeirense, que ele era possível de reverter a indiferença sofrida por setores da sociedade da cidade, que lhe negou uma oportunidade.
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