Apresentação do Quarteto Oliver Toni para os pifeiros na igrejinha
da comunidade Boa Vista em São José de Piranhas
As ações do Núcleo de Extensão Cultural
(NEC) - um programa da UFCG, criado para oferecer a comunidade sertaneja do entorno
de Cajazeiras, o que há de melhor na região no segmento cultural, compreendendo
aí, acho, as quatros linguagens da arte - artes visuais, artes cênicas, música e
dança; vai cumprindo conformo o perfil produtivo que a região dispõe nessas
áreas, a sua função de principal órgão realizador no segmento cultural, na
cidade de Cajazeiras.
Diria
sem nenhum receio de errar, que o NEC veio preencher um espaço vago, a muito
tempo deixado por instituições já extintas, como GIMC, AUC, Centro Cívico Olavo
Bilac e GRUTAC, que no passado se consolidaram como as vitrines promotoras de
cultura na região de Cajazeiras. Foi inegável os trabalhos dessas ONG´s, no setor
cultural. Delas vieram as versões do Festival da Canção no Sertão; dos Festivais de
Poesias; os recitais do Grutac; os Sertanejos de Artes Cênicas; as variantes do
Festival de Teatro Rápido e as Semanas Universitárias - que foram nos anos 80, o melhor em termo de congraçamento entre cultura e arte.
Com
a saída de cena dessas instituições na primeira metade da década de 80, o recém-criado
NEC/UFPB, substituído nos anos 90 pelo atual NEC/UFCG, foi quem deu novo caminho a essas
ações culturais na cidade, realizando coletivas de artes visuais, montagens de
peças de teatro, feiras de artesanatos e as instruções musicais do Coral João
de Deus. Eventos a cargo de estabelecimentos criados na cidade pela Coordenação de
Extensão - COEX/UFPB, como Atelier de Artes visuais, a Escola de Teatro e o Núcleo de Artesanato que funcionou na antiga Estação de Trem.
Apresentação da Banda Cabaçal da Comunidade
Boa Vista para os integrantes do NEC
Hoje,
o NEC/UFCG é o prosseguimento dessas ações. Como tutor que delega essas ações
no campo cultural na região polarizada por Cajazeiras, vem cumprindo dentro de
suas limitações, a função que lhe foi atribuído como instituição promotora de eventos
artísticos. Basta ver por exemplo na área musical, sob a coordenação de Naldinho
Braga, o volume de shows que acontecem durante todos anos na sua sede, localizada por trás da antiga rodoviária da cidade. São apresentações de
músicas que vai desde a música moderna, progressiva - das bandas de Rock, a música
instrumental erudita, passando pela musicalidade regional nordestina. Essa
defendida como mais zelo, por ser a mais autêntica expressão da cultura popular
do povo do interior do Nordeste.
As
imagens abaixo já dizem tudo. Elas mostram a ação do NEC/UFCG, nas cercanias de
Cajazeiras. É a função extensão na prática, o olho vivo da preservação das nossas raízes musicais na comunidade rural de
Boa Vista no município de São José de Piranhas/PB. Ou seja, de “uma comunhão entre a cultura
popular e a música erudita”, como bem batizou o próprio coordenador do órgão, Naldinho
Braga.
A
promoção da linguagem musical encampada nos dias atuais pelo NEC/UFCG na região, tende a melhorar
mais ainda, já que o núcleo de extensão possibilita parceria com instituições
como SINDIFISCO, através do Projeto Sindicultura e com o Programa de Inclusão
Através da Música e das Artes (PRIMA). Esse último, um projeto arrojado do Governo do Estado
de incentivo a música erudita nas comunidades mais abastardas dessa linguagem
musical. Essa mistura tem proporcionado encontros satisfatórios, como as
imagens mostram, entre a Banda Cabaçal ou de Pifeiros da comunidade Boa Vista, com
o Quarteto Oliver Toni e alunos do PRIMA. Maravilhoso, não é? Maravilha melhor,
não há!
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OUTRAS IMAGENS DO ENCONTRO:
Imagens: Jefferson André Bezerra
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