segunda-feira, 21 de setembro de 2015

NEC - UFCG, Segue Promovendo Cultura na Região de Cajazeiras.

por: Cleudimar Ferreira



Apresentação do Quarteto Oliver Toni para os pifeiros na igrejinha 
da comunidade Boa Vista em São José de Piranhas 


As ações do Núcleo de Extensão Cultural (NEC) - um programa da UFCG, criado para oferecer a comunidade sertaneja do entorno de Cajazeiras, o que há de melhor na região no segmento cultural, compreendendo aí, acho, as quatros linguagens da arte - artes visuais, artes cênicas, música e dança; vai cumprindo conformo o perfil produtivo que a região dispõe nessas áreas, a sua função de principal órgão realizador no segmento cultural, na cidade de Cajazeiras.

Diria sem nenhum receio de errar, que o NEC veio preencher um espaço vago, a muito tempo deixado por instituições já extintas, como GIMC, AUC, Centro Cívico Olavo Bilac e GRUTAC, que no passado se consolidaram como as vitrines promotoras de cultura na região de Cajazeiras. Foi inegável os trabalhos dessas ONG´s, no setor cultural. Delas vieram as versões do Festival da Canção no Sertão; dos Festivais de Poesias; os recitais do Grutac; os Sertanejos de Artes Cênicas; as variantes do Festival de Teatro Rápido e as Semanas Universitárias - que foram nos anos 80, o melhor em termo de congraçamento entre cultura e arte. 

Com a saída de cena dessas instituições na primeira metade da década de 80, o recém-criado NEC/UFPB, substituído nos anos 90 pelo atual NEC/UFCG, foi quem deu novo caminho a essas ações culturais na cidade, realizando coletivas de artes visuais, montagens de peças de teatro, feiras de artesanatos e as instruções musicais do Coral João de Deus. Eventos a cargo de estabelecimentos criados na cidade pela Coordenação de Extensão - COEX/UFPB, como Atelier de Artes visuais, a Escola de Teatro e o Núcleo de Artesanato que funcionou na antiga Estação de Trem. 

Apresentação da Banda Cabaçal da Comunidade 
Boa Vista para os integrantes do NEC 

Hoje, o NEC/UFCG é o prosseguimento dessas ações. Como tutor que delega essas ações no campo cultural na região polarizada por Cajazeiras, vem cumprindo dentro de suas limitações, a função que lhe foi atribuído como instituição promotora de eventos artísticos. Basta ver por exemplo na área musical, sob a coordenação de Naldinho Braga, o volume de shows que acontecem durante todos anos na sua sede, localizada por trás da antiga rodoviária da cidade. São apresentações de músicas que vai desde a música moderna, progressiva - das bandas de Rock, a música instrumental erudita, passando pela musicalidade regional nordestina. Essa defendida como mais zelo, por ser a mais autêntica expressão da cultura popular do povo do interior do Nordeste.

As imagens abaixo já dizem tudo. Elas mostram a ação do NEC/UFCG, nas cercanias de Cajazeiras. É a função extensão na prática, o olho vivo da preservação das nossas raízes musicais na comunidade rural de Boa Vista no município de São José de Piranhas/PB.  Ou seja, de “uma comunhão entre a cultura popular e a música erudita”, como bem batizou o próprio coordenador do órgão, Naldinho Braga. 

A promoção da linguagem musical encampada nos dias atuais pelo NEC/UFCG na região, tende a melhorar mais ainda, já que o núcleo de extensão possibilita parceria com instituições como SINDIFISCO, através do Projeto Sindicultura e com o Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (PRIMA). Esse último, um projeto arrojado do Governo do Estado de incentivo a música erudita nas comunidades mais abastardas dessa linguagem musical. Essa mistura tem proporcionado encontros satisfatórios, como as imagens mostram, entre a Banda Cabaçal ou de Pifeiros da comunidade Boa Vista, com o Quarteto Oliver Toni e alunos do PRIMA. Maravilhoso, não é? Maravilha melhor, não há!

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OUTRAS IMAGENS DO ENCONTRO:











Imagens: Jefferson André Bezerra

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