por: Francelino dos Santos
A
tradição musical de Cajazeiras já vem desde os anos 40 do século/milênio
passado, quando o maestro Esmerindo Cabrinha – que havia aportado em nossa
cidade, advindo de Misericórdia (hoje Itaporanga) em 1926, pela paixão que
nutria pela música, conduzido pelas mãos de Silva Maru, maestro da Filarmônica
São José, da Diocese de Cajazeiras – passou a dedicar-se ao estudo da música.
Os seus irmãos enveredaram pelo mesmo caminho que, tempos depois, contagiou
também os seus filhos.
Já nos
anos 50, junto com os irmãos (Pachico e Milton) e seus filhos (Zé de Lilia e
Gilberto) formaram uma pequena orquestra que foi chamada de Jazz Manaíra. Foi o
embrião para o nascimento de nossa consagrada Orquestra Manaíra. O comando da
nova Orquestra passa então às mãos de Mozart de Sousa Assis.
Já nos
anos 60, no bojo de um circo mambembe, chega à nossa Terra o consagrado e
futuro maestro Rivaldo Antônio Santana, filho natural de Vitória de Santo
Antão-PE, mas filho adotivo de Cajazeiras, como ele mesmo nos dizia.
Encantou-se com a cidade, abandonou o circo e encontrou aqui campo propício à
execução de sua vocação: a música. Na cidade, Rivaldo Santana foi maestro,
regente de coral e professor de música. Partiu para “reger nos céus”, em 2006,
em Campina Grande, deixando-nos imensas saudades pelo que fez para
desenvolvimento musical da cidade.
Da
Orquestra Manaíra, além daqueles de que já falamos acima, lembramo-nos, entre
outros, de Expedito Cabeção, Adelson, Macedo, João Cassiano, Moacir, Adalberto,
Zé Bernardino, Zé Cassiano e João Marinho. A Orquestra Manaíra imperava nos
bailes das cidades circunvizinhas, mas fazia do Tênis Clube de Cajazeiras a sua
sede: eram ali os seus ensaios noturnos, e foi ali que realizou os mais
empolgantes e saudosos carnavais de outros tempos.
Como
nossa homenagem a todos os que fizeram a Orquestra Manaíra, aí está o seu
“naipe de metais”: João Marinho, Zé de Lilia, Esmerindo e Mozart. Oh, que
saudades nos dão!
fonte: Diário do Sertão
A Orquestra era um sensação. As músicas bem ensaiadas e tocadas. Mozart Assis e o maestro Rivaldo eram preocupados com a qualidade.
ResponderExcluirRogério Assis, Mozart além do seu trabalho na área da comunicação, foi também um grande incentivador na formação de novos talentos da música cajazeirense, influenciou a formação de jovens músicos e criação de big bandas instrumental. Cajazeiras deve muito a ele, Zeilton Trajano, Rivaldo Santana e ao maestro Esmerindo Cabrinha.
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