Grupo Teatral Esperança (GTE), peça: O Casamento de Maria Feia (1985 - 86)
A memória do
teatro amador de Cajazeiras pode também ser lembrada, tendo como base nas características
das células que ajudaram a entender como se formou o perfil do seu movimento na
cidade.
No início do
século 20, as primeiras células desse movimento, por exemplo, centralizavam-se na Casa da Câmara, onde a
vida social da cidade era pulsante, com seus saraus dançantes, sessões cívico-literais e
encenações teatrais.
Com o passar do tempo, aportamos nos anos 50 com o teatro clássico dirigido por Hildebrando Assis; depois nas décadas 70 e 80, com Ica Pires, Ubiratan Assis, Tarcísio Siqueira, Eliezer Rolim e o teatro popular periférico de Francisco Amaral e Antônio dos Anjos.
Com o passar do tempo, aportamos nos anos 50 com o teatro clássico dirigido por Hildebrando Assis; depois nas décadas 70 e 80, com Ica Pires, Ubiratan Assis, Tarcísio Siqueira, Eliezer Rolim e o teatro popular periférico de Francisco Amaral e Antônio dos Anjos.
Francisco Amaral
(Chico Amaral) foi um desses intuitivos dirigentes de grupo que usou fazer seu
teatro de forma independente, distante da estética teatral que se via em cena, protagonizada
por diretores como o próprio Ubiratan Assis (GRUTAC), Tarcísio Siqueira (METAC - depois CAJÁ) e Eliezer Rolim (TERRA).
Acostumado ver
os dramas clássicos exibidos nos tradicionais palcos giratórios, montados pelos pequenos circos que baixava em Cajazeiras, bem como, as próprias
apresentações teatrais feitas no centro pelos grupos de vanguarda, Chico Amaral
mesclou as suas dificuldades com os limites de seu entendimento cênico e a difícil
vida social de sua comunidade - O Bairro da Esperança, e começou a fazer um
teatro que representava a resistência de uma juventude, distante dos cursos
oferecidos, na primazia por Ica Pires e anos depois por Ubiratan Assis a frente
da direção do Teatro Ica.
A sua
perseverança o fez crescer e influenciar no surgimento de outros grupos na
comunidade, como foi o caso da formação do Grutepazeu, e mais tarde, o Grupo Teatral Esperança (GTE) dirigido pelo próprio
Amaral, todos integrados por adolescentes, assim como foi o Grupo de Teatro Terra.
Imaginamos aqui, se um desses grupos tivesse o destino que o Grupo Terra teve - que
foi apadrinhado na sua essência por integrantes da chamada vanguarda teatral de
João Pessoa! Talvez a memória do nosso teatro fosse vista sob outro ângulo e a
sua história tivesse outra forma de ser contada.
A resistência cênica
da zona sul, liderada por Chico Amaral, foi marcante para fundação da primeira
associação de teatro na cidade - a antiga Associação de Teatro Amador de Cajazeiras (ATAC); na junção dos grupos Brasileirinhos, GTE e Grutepazeu; que culminou na realização da primeira
montagem da Paixão de Cristo ao ar livre, no morro do Cristo Rei e na formação da identidade do teatro comunitário de Cajazeiras, nos anos 80.
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Um comentário:
Outro dia me mostraram uma revista que falava da historia do teatro de Cajazeiras e nessa historia nós em nenhum momento fomos mencionados, é como se agente não tivesse feito parte dessa historia por isso quero lhe parabenizar por esta maravilhosa matéria meu amigo por que a historia do teatro de Cajazeiras não se limita apenas aos grupos de teatro dos burguês de Cajazeiras, mais sim do teatro autêntico feito por nós lá na periféria por mim, por você, por nezinho por Toinho dos Anjos enfim por todos nós que acreditavámos no nosso sonho de fazer teatro.
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