A professora Alba Costa de Ataíde |
Conheci
a vereadora Alba Costa de Ataíde nos primeiros anos da década de 80, quando
estive como oficial de atas e redator de debates da Câmara Municipal de
Cajazeiras. Alba era uma parlamentar atuante, preocupada com os anseios da comunidade
cajazeirense, uma defensora dos direitos da mulher e do cidadão desamparado, socialmente
desmembrado e esquecido pelos poderes constituídos. Uma mulher a serviço da
cidadania.
Falo assim! pois como testemunha que foi, lembro muito bem da sua ação parlamentar. Um trabalho que as vezes chegava ao ponto de ultrapassava a esfera municipal. Pois muitos foram os requerimentos que li em plenário, apresentados por Alba a mesa diretora, solicitando melhorias nos serviços sociais do Estado na cidade; bem como, nas políticas públicas do governo federal na região de Cajazeiras.
Falo assim! pois como testemunha que foi, lembro muito bem da sua ação parlamentar. Um trabalho que as vezes chegava ao ponto de ultrapassava a esfera municipal. Pois muitos foram os requerimentos que li em plenário, apresentados por Alba a mesa diretora, solicitando melhorias nos serviços sociais do Estado na cidade; bem como, nas políticas públicas do governo federal na região de Cajazeiras.
Sei
que era professora e não assistente social, mas o seu trabalho na Casa de Otacílio
Jurema demandava para o social e para assistência as pessoas mais humildes da
periferia. Vários foram os dias que após as sessões, me deparei com Alba no seu
gabinete ladeada por populares, ouvindo lamentos, reclamações e pedidos de toda
ordem, e Alba, como sempre, com simpatia e com sua paciência, atendia todos indistintamente
com atenção e apreço.
A sua trajetória na política da terra que ensinou a Paraíba ler, tem inicio em 1982, quando Alba entrou na política e foi eleita a primeira vereadora
mais votada da história política de Cajazeiras, com uma votação alarmante de
991 sufrágios. Algo considerado anormal para os padrões cajazeirenses, até
então acostumado a eleger somente homens para esse cargo na sua câmara
municipal. Sendo a mais votada, Alba Costa conquistou a simpatia dos demais
vereadores eleitos e foi escolhida como Presidenta do Legislativo cajazeirense para o
biênio 85/86. Portanto, em 150 anos de história, a cidade de Cajazeiras viu Alba
Costa ser a única mulher a ocupar a presidência de sua Câmara de Vereadores.
Nas
eleições de 1988, Alba tentou novamente eleger-se pelo mesmo partido - o PDS, que o
elegeu em 1982, mas na abertura das urnas só consegui apenas os insuficientes 282
votos. Em 1998, voltou à cena política de Cajazeiras depois de ser eleita suplente
de vereadora com uma margem de 302 votos. Votos esses que o fez a assumir um
novo mandato, 10 anos depois.
Além das atividades políticas e na área
educacional, como professora da rede pública de ensino, Alba foi também diretora da
Biblioteca Pública Municipal “Castro Pinto”. O seu carisma ligado a presteza como se relacionava
com os seus pares, seus eleitores, amigos e pessoas mais próximas, o credenciará
para ocupar um espaço na história do legislativo mirim cajazeirense. A sua estadia entre nós, sem dúvida, vai deixar saudades. E entre todos, as lembranças ficarão.
A parlamentar mirim Alba Costa de Ataíde |
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