Boa parte dos grandes açudes do interior do Nordeste, construídos nas
primeiras décadas do século passado ficava próximo a pequenas cidades ou em vilas e povoados
em formação. Esses aglomerados urbanos com suas populações tiveram que ser
deslocados para outros locais, já que a águas acumuladas nesses reservatórios ocupava a zona urbana, inundando e submergiu-os por completo.
Um exemplo bem conhecido dos nordestinos foi que aconteceu no Arraial de
Canudo que teve o povoador engolido na sua totalidade pelas águas do Açude Cocorobó.
Em épocas de grandes secas as águas desses açudes secam e as formações urbanas
antes submersas reaparecem como fantasmas trazendo lembranças e histórias de um
passado remoto.
A seca deste ano - considerada pelos estudiosos do assunto é uma das maiores
dos últimos quarenta anos. Uma de suas conseqüências é o esvaziamento dos
reservatórios d’água aflorando cidades inteiras antes mergulhadas em suas águas.
Uma matéria que foi publicada no dia 17 deste mês, no Diário do Sertão,
dá destaque à antiga cidade de Piranhas Velhas, hoje município de São José de
Piranhas, que foi coberta pelas águas do açude de Engenheiro ávidos (Boqueirão)
e que por motivo da estiagem que assola a Paraíba inteira, reaparece do nada.
A
noticia do reaparecimento da antiga cidade de Piranhas foi destaque nas TVs da Paraíba e secundo o pescador Francisco de Sousa
a seca é assustadora, e afirma: “Eu nasci e me criei aqui, mas estou
impressionado com essa seca.”
VEJA NA ÍNTEGRA A MATÉRIA DO DIÁRIO DO SERTÃO.
Uma cidade, coberta pelas águas no
ano de 1936 está totalmente à vista.
Com o longo período de estiagem no
Sertão paraibano, os açudes e reservatórios de água começam a desaparecer. Em
Cajazeiras um fato curioso é possível observar com o mínimo de água que se
encontra no açude de Boqueirão.
Uma cidade, coberta pelas águas no
ano de 1936 está totalmente à vista. A sede do município de São José de
Piranhas, antiga Piranhas Velha, pode ser visualizada com o baixo nível de água
do reservatório.
As casas, prédios e antigas
estruturas, inclusive uma Igreja estão praticamente em ruínas, pois há 76 anos
estão cobertos pela água, e somente este ano foi possível visualizar o cenário.
O pescador Francisco de Sousa,
contou que em Piranhas Velha tinha uma cadeia, uma Igreja, um Cemitério e um
Coreto.
No local, ainda existe de pé uma
estrutura de um túmulo, com aparência de uma torre e alguns números inscritos,
que não dá para identificar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário