quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aldo Lins, o poeta das ruas.

BRAVO COMPANHEIRO

A porta estava aberta para os sem nome
Da entrada anunciava-se a longa trincheira
Que por alguns anos foi uma cinza esteira
Para os inquilinos com os seus cognomes.

Nos labirintos teciam-se as armadilhas
As estrelas do Figueiredo se dilatavam
Repleta de deletores que nos escamoteavam
E delatavam nossos sonhos à quadrilha.

Não tínhamos sal, trufas nem frutas
A ferro e fogo cantávamos unidos travessia
A magia do amor me conduziu à poesia
E na resistência vencemos a força bruta.

Reencontramos-nos hoje e a bem da memória
Lêucio conquistou Flávia uma bela morena
Companheira e luz de Victor Hugo e Lorena
Pérolas deste eterno estudante de história.





             Aldo Lins é natural de Cajazeiras, como o próprio diz “nascido e criado na Rua Sebastião Bandeira-194," ex-aluno do Colégio Estadual, colega de turma dos então hoje jornalistas Gutemberg Cardoso e Mariana Moreira. No final da década de 70, participou de grupos de teatro ao lado de Rigonaldo Pereira e Tarcísio Siqueira. Residindo em Recife e a mais de 20 anos fora de Cajazeiras, sem clima para voltar à cidade, pois já não tem parentes na mesma, costuma dizer que gostaria muito de publicar seus trabalhos literários na sua terra. Aldo que é formado em Direito pela Universidade Federal da Paraíba, se dedicou a poesia; é autor do livro “Alma de Vidro” e participou da coletânea Antologia Poética publicada pela Prefeitura do Recife.



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