BRAVO
COMPANHEIRO
A porta
estava aberta para os sem nome
Da entrada
anunciava-se a longa trincheira
Que por
alguns anos foi uma cinza esteira
Para os
inquilinos com os seus cognomes.
Nos
labirintos teciam-se as armadilhas
As estrelas
do Figueiredo se dilatavam
Repleta de deletores
que nos escamoteavam
E delatavam
nossos sonhos à quadrilha.
Não tínhamos
sal, trufas nem frutas
A ferro e
fogo cantávamos unidos travessia
A magia do amor me conduziu à poesia
E na resistência
vencemos a força bruta.
Reencontramos-nos
hoje e a bem da memória
Lêucio
conquistou Flávia uma bela morena
Companheira e
luz de Victor Hugo e Lorena
Pérolas
deste eterno estudante de história.
Aldo Lins
é natural de Cajazeiras, como o próprio diz “nascido e criado na Rua Sebastião
Bandeira-194," ex-aluno do Colégio Estadual, colega de turma dos então hoje jornalistas
Gutemberg Cardoso e Mariana Moreira. No final da década de 70, participou de
grupos de teatro ao lado de Rigonaldo Pereira e Tarcísio Siqueira. Residindo em
Recife e a mais de 20 anos fora de Cajazeiras, sem clima para voltar à cidade,
pois já não tem parentes na mesma, costuma dizer que gostaria muito de publicar
seus trabalhos literários na sua terra. Aldo que é formado em Direito pela Universidade
Federal da Paraíba, se dedicou a poesia; é autor do livro “Alma de Vidro” e
participou da coletânea Antologia Poética publicada pela Prefeitura do Recife.
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