terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
I Salão Oficial de Arte Contemporânea - há 34 anos atrás.
Essa arte referida por Íracles era específica, regionalizada e interiorizada. Não representava todo conteúdo exposto no Salão, pois o mesmo apresentou trabalhos de artistas de centros mais desenvolvidos, como Campina Grande, João Pessoa, Olinda/PE e Aracajú/SE. Entretanto, embora ela não fosse consensual - já que poucos a conhecia ou quase não tinham acesso aos ambientes de trabalhos dos artistas, bem como, os locais onde eram expostas e por falta de informação, desconhecia o seu perfil estético; pelo menos era representativa, trazia na sua totalidade elementos que evidenciavam a ligação dos seus produtores com a sua terra, com sua gente e acima de tudo com as condições sociais que a região propiciava a sua produção.
É importante salientar que a cajazeiras dos anos 70, já era uma cidade que contemplava a Paraíba com uma acanhada classe de artistas formada por jovens politizados e ideologicamente centrados nos grandes fatos históricos que ocorria no país daquela época; e a arte produzida em seu tempo, boa parte estava a serviço da educação de outra parte da população considerada por segmentos de classe, como desinformada e despolitizada. Por isso, talvez neste contexto, os trabalhos plásticos apresentados no Salão carregassem um viés que adequasse sua produção a esse engajamento político/ideológico, ou simplesmente ostentasse uma forma ingênua de representar as mudanças ocorridas no meio onde viviam os seus agentes produtivos.
Os objetivos aparentes do Salão foram claros ao revelar aos olhos de todos no interior do Grêmio Artístico Cajazeirense, uma arte eclética, ingênua, ultrapassada diante dos novos conceitos de arte contemporânea apresentada nos grandes salões das metrópoles da sul do país. Essa arte embora arcaica para os padrões cajazeirense afigurava-se de viés estético desconhecido, adormecido e novo na visão de seus artistas, porém ignorada pelo poder público que ao longo dos anos tem sido ineficaz no apoio a cultura e arte advinda de locais mais afastados, como as cidades do interior, mas que surpreendia, dando aos artistas a conveniência de saírem do anonimato. “Tirar o artista que existe no povo e que por falta de oportunidade fica entocado com medo e com vergonha de mostrar seus trabalhos.” Como afirmou a própria Íracles.
Em outra parte do texto, Íracles questiona as dificuldades de se produzir arte distante dos grandes centros. “Nosso sertão é muito longe dos grandes centros. Nosso artista não tem escolas, na sua grande maioria é primitiva. Tem a chama da arte em si, mas não sabe exprimi-la como deseja, pois falta-lhe oportunidade”. Revela o acanhamento como complexo de inferioridade que impedia o artista de mostrar sua arte. “Nós tivemos a coragem de chamar esse artista, dar-lhe oportunidade, dizer-lhe que sua arte não decepciona que ela é autêntica e que ele, o artista, tem direito a seu lugar ao sol".
O Salão foi realizado há 34 anos atrás, entre os dias 10 e 30 de agosto de 1978, numa época difícil para as produções artistas no país que as duras penas enfrentavam o furor da censura ou fugia do seu rolo repressor. Mas foi em meios a estas dificuldades impostas, expeditivas de ansiedades, que os organizadores conseguiram fazer um evento que parou Cajazeiras. Foram expostos mais de 125 trabalhos, entre desenhos, esculturas, pinturas, tapeçarias e cerâmicas.
S A L A E S P E C I A L
Marinha 1, Marinha 2, Retrato. Ricardo Aprígio: Campo 1, Campo 2, Campo 3. José Altino: Pasto e Repasto, O homem da terra e do sol, Pássaro de Prata. H. Helle Bessa: Composição 1, Composição 2, composição 3. Telam Rolim Cartaxo: Composição em Peixes 1, Composição em Peixes 2. Euclides Leal: Paquera, Retrato, O banho de Susana.
P A T R O N E S S E
Mirtes Almeida Sobreira (Esposa do então Governador do Estado
C U R A D O R I A
Irácles Pires (Coordenadora), Telma Rolim Cartaxo (Assistente Técnico)
Campina Grande/PB: João Avelino da Silva - Gravura I, Gravura II e Gravura III. Irene Medeiro Silva - Casa de Farinha e Candomblé
Olinda/PE: Vitória Kessler - O pilão, O Quebra Panela e Favela.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
Conjunto Musical Os Bembens
Os Bembens foi um
conjunto musical formado nos anos 60 pelo empresário cajazeirense Francisco
Alves de Andrade, conhecido popularmente como Chico Bembem. Bembem nasceu no
dia 23 de fevereiro de 1942. É filho de seu Joca Andrade e de Dona Maria do
Carmo (já falecida) Chico Bembem tem mais três irmãos: Mário Alves, Neide Alves
e Maza Alves.
O final da Rua Erenice
Ferreira, que ficava aos pés do Morro - Cristo Rei, nas vizinhanças do
Seminário Diocesano de Cajazeiras, foi um dos locais de ensaios do conjunto. Os
Bembens, era basicamente formado por músicos da cidade. Pela banda passaram os
músicos: Alberto, Bá Freyre, Demar, Islânio, Nego Ivan, Olivan Pereira -
Big Boy, Riba e Valdemar.
Os “Bembens” fez história na
musicografia cajazeirense, já que em todos grandes bailes que aconteceram nos
anos 60, 70 e 80, a banda sempre foi à grande atração. O conjunto foi também
responsável pela animação dos principais shows de cantores de sucesso da época
que se apresentaram nos destacados clubes da cidade: Clube 1º de Maio,
Cajazeiras Tênis Clube e Jovem Clube. No final dos anos 70 e início dos anos
80, Os Bembens chagou a gravar um Compacto Duplo, ou seja, com 4 músicas, que
foi vendido no comércio de discos de Cajazeiras e da Região.
A capa do compacto duplo
gravado pela banda, apresentava um impressa em preto e branco com fotografias
dos integrantes da banda ao lado do ônibus que conduziu Os Bembens até os
estúdios de gravação no Recife. Esse compacto é hoje considerado uma relíquia,
não só para a história música na cidade de Cajazeiras, mas também para história
da música popular brasileira, já que apresentava canções em vários ritmos, com
características marcantes da Jovem Guarda, do Coco, do Forró e até do
instrumental.
Nos anos 80, o empresário
Chico Bembem se mudou para o Estado do Piauí e com ele, a banda também. Ainda
hoje em plena atividade naquele Estado, "Os Bembens da Paraíba”, nome da
atual formação, faz shows costumeiramente nas cidades do interior, levando
alegria ao povo e animando bailes com a presença de cantores da MPB, conhecidos
do público, como fazia em Cajazeiras e nas cidades circunvizinhas, nos idos
anos 70 e 80.
e Bá Freyre. Baile com a banda show Os Bembens.
Área de Lazer, anos 80. Baile/Festa "Namorados da lua". Roque,
Luizinho, Serginho de Natal, Ivan, Mário Bembem e Demar,
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Riba, nos anos 70, foi guitarrista e vocalista da Banda Super Som Sete,
participou como músico e interprete de várias versões do Festival
da Canção no Sertão. Foi também integrante da Orquestra
de Frevo Chaverom. Ele é o segundo da foto abaixo.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Um santo e um padre cheio de filhos
METÁFORAS PARA UM DUELO NO SERTÃO
Diário da Borborema, 12/Jan.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Redemunho, a nova direção de Marcélia Cartaxo
Atriz e Diretora cajazeirense Marcelia Cartaxo |
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Rosilda Cartaxo - Biografia de uma cajazeirense
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Teatro Ica Pires - Fotografias e História dos seus 27 anos
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