sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma mulher para dois maridos


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Em meios a querelas, ataques, insultos, marasmos e comportamentos adversos dos que se acentuam como a linha de frente da cultura cajazeirense hoje, mas que na realidade são improdutivos, pusilâmicos demasiadamente e não produzem nada; surge um espetáculo para quebrar a rotina e jogar um baldo de água fria nesse desculturado momento vivido pelo teatro de Cajazeiras, tão exaustivamente divulgado pela impresa local através dos principais portais da cidade.

A salvação da lavoura, que caiu no tempo certo é a peça “Uma mulher para dois maridos”. Um texto bem elaborado por Elizeu Miranda, agora dirigido por Francisco Hernandez, que por sinal, pela a experiência que tem como ator e pelo seu biotipo, poderia até ser aproveitado para fazer um desses personagens tipicamente nordestino da nova novela das seis “Cordel Encantado” da Rede Globo”.

No texto, Miranda conta a história de Olívia, uma jovem que se vê dividida entre o amor de dois homens. Há um ano, ela casou-se com Roberto, seu primeiro marido e na noite de núpcias o mesmo caiu do navio em que viajavam antes da consumação da lua de mel. Olívia, desesperada, desiludida, consola-se nos braços de Arnaldo, seu amigo, por quem acaba se apaixonando e após um ano resolve casar-se novamente. Ao chegar em casa, após o casamento, os dois têm uma grande surpresa: Roberto está de volta! A partir desse inesperado reencontro o público irá se deparar com situações hilárias, pois os “dois maridos” passam a disputar a tão sonhada noite de amor com Olívia.

A montagem tem a direção, sonoplastia e cenografia do próprio Francisco Hernandez. A concepção e iluminação de George Hebert e o figurino e a maquiagem de Mayara Hernandez. O elenco é formado pelos atores Walther Nunes, Erenilton Lopes e Mayara Hernandez. Foi produzida pela Associação Cajazeirense de Teatro - ACATE, através do ponto de cultura Artes Para Todos com patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura - FIC do Estado da Paraíba. O espetáculo pode ser visto a partir de hoje até domingo no palco do Teatro Ica Pires, às 21 horas.






    CRÍTICA...  .

UM TRIÂNGULO AMOROSO EM TRAPÉZIO DE ESCADA PARA UMA ATRIZ E DOIS ATORES

Por Edílson Dias


Nos Sertões adusto do interior paraibano, subscrevi os créditos da Produção Executiva da encenação de UMA MULHER PARA DOIS MARIDOS, em foco.

A serviço do Ministério do Planejamento, do Plano Nacional por Amostragens a Domicilio PNDA / IBGE. A época do Censo Geral 1990. Só realizado no ano 1991 subsequente, quando eu exercia retida função de Agente coletor supervisor no município Brejo do Cruz.
Auto bancava, sempre naqueles aludidos finais de semana, do meu próprio bolso, as minhas hospedagens cajazeirense; os deslocamentos desde o meu Pé de Serra às Cajazeiras do Padre Rolim e vice-versa, e as outras despesas diversas decorrentes às cascas de bananas que me sobraram, já passadas por decurso de prazo.

Isto quando eu tive a grata iniciativa de provocar Fernando Palitot, um nativo ator e o Dramaturgo de UMA MULHER [a atriz Soia Lira] PARA DOIS MARIDOS [os atores Fernando e Gutemberg].

Ao tempo em que o montês, Horebe Palitot, encontrava-se egresso do teatrão carioca & alhures relocado no ermo Monte Horebe. Em quais palcos andará agora aplaudido o nosso confrade ator? Bom amigo de todos nós outros, os supra citados teatristas paraibanos. Gutemberg Cardoso & Nando Teatro cordel [ambos veteranos intérpretes, dinossauros].

O nosso "Vovô Smurf, Gugu Cardoso", embora projetado um pro ativo âncora às lides da radiofonia Boca Quente / Rádio difusora de Cajazeiras, andava mais que estático, parado no ar, desde as suas últimas aparições nas esquetes obnubiladas pelo grupo Boiada.

Mais encalhada esteve, naqueles tempos, a sombra de inerte ribalta do Teatro Íracles Pires, recém inaugurado. Hoje remissivo à pátina de ímpar montagem teatral por ter contemplado, sobremaneira, totêmica atriz Soia Lira, quase há um lustre após ela haver participado de seguidos circuitos durante as edições do Mambembão [com as peças Beijo de Estrada, e Até Amanhã, dirigidas por Eliézer].


Com demandados esforços viemos a palco, público, inusitadas bilheterias e esparsas resenhas cênicas. A contento em termos abatido o pó da poeira, pé na estrada, quando incontinente, Luis Carlos escalou para com o mais soberano resgate de Soia Lira vir configurar, a tartamuda personagem, em acréscimo de "A nega Ceição" in o conto seminal, VAL DE SARAPALHA, do Mestre Guimarães Rosa.

Tudo isto nos consta, já passado em ata, em fina sintonia com o prestimoso Elenco supra mencionado, o nome do nosso diretor, Tarcísio Pereira, nos caiu como uma luva de pelica, ao primeiro convite que Vovô Smuf o formulou.

Para mais arrefecer, de bom grado, a comédia que juntos assistimos, na vida real da Pequena notável, atriz Sônia Lira, lhe ocorreu, nesse curto período, dela migrar de a sua primeira união consensual. Antes contraída com o nosso dileto amigo, docente da UFGC, ecologista José Maria Gurgel. Indo ao seu novo encontro acasalador, na Ilha dos Tamanduás, em novas núpcias contraídas com o confrade ator Formiga.
Caiu a mosca no mel.
Ah ah ah...




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