sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Portal da Igraja Nossa Senhora de Fátima


foto: Cleudimar Ferreira

Plano geral do portal de saída da Igreja Nossa Senhora de Fátima. Plano fechado, o velho coreto, contemplado pelo verde jardim e bancos que compõe os equipamentos de lazer da praça da cultura.

CHICO AMARO & LUIZ GONZAGA


Moment an: O forrozeiro cajazeirense Chico Amaro, ao lado de Luiz Gonzaga, durante um show que o rei do baião fez no Clube 1º de Maio em Cajazeiras. Naquela oportunidade, única, o eterno gonzagão dividiu o palco com o principal artista da cidade.

foto: http://www.defatosefotos.hpg.com.br

sábado, 23 de agosto de 2008

PRAÇA JOÃO PESSOA



Essa foto mostra como era a Praça João Pessoa dos anos 40. Ainda não havia a tradicional fiação elétrica de hoje, apenas a postes em concreto do canteiro central. Um detalhe que chama atenção na foto está justamente na tabuleta de divulgação do Cine Éden, que anunciava o filme do dia: "Uma Garota de Sorte" ou "Easy Living" (título original). Produzido em 1937, pelo diretor americano Mitchell Leisen. A fita trazia no elenco os atores Jean Arthur, Edward Arnold e Mary Nash.





foto: (preto/branco) http://www.defatosefotos.hpg.com.br
foto: (cor) meramente ilustrativa

sábado, 16 de agosto de 2008

ERAM OS TRÊS BUENA'S AMIGOS.



foto do acervo de Cleudimar Ferreira


Clube 1º de Maio; Carnaval dos anos 80. Aqui, em uma daquelas antigas matinês, o hoje Advogado Francisco Airton Pereira (irmão dos jornalistas Adjamilton e Josival Pereira) com os artistas plásticos Marcos Pê (no centro) e Cleudimar Ferreira (lado direito da foto). Os desenhos que ilustram a parede ao fundo são de autoria de Marcos Pê e fizeram parte do projeto de decoração para os três dias de carnaval do clube, assinado pelo próprio Marcos, Aldacira e Cleudimar).






quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O Grande, Velho Açude.


............................................................................................................
As tuas águas cinza,
perfuma as manhãs serenas
As tuas águas azuis,
fornece a energia das tardes
As tuas águas cristalinas,
contempla o mais belo sol
As tuas águas escuras,
esperam as noites chegarem

Vem, vamos todos
Ver a lua nas águas
do grande - velho açude.

foto: Galdino Vilante


domingo, 10 de agosto de 2008

CARNAVAL DOS ANOS 50



O carnaval de cajazeiras nos anos 50, tinha entre suas atrações desfilhes de troças, charangas e carreatas (que na maioria, eram formadas por caminhonetas chevrolet e Jippe's sem capotas) lotados de pessos travestidas de pierrós, colombinas e arlerquins. Persoganes regados a muito pó e água. A praça João Pessoa era o palco desse tipo de carnaval mela-mela - como era chamado por todos. Deixou saudades.








EM UM BAR



O Advogado e Político de Esquerda Bosco Barreto, rodeado de lideranças do MDB cajazeirense. Entre tantos personagens, alguns bastates conhecidos, como o ex-secretário da Câmara Municipal Professor Alexandre Gomes - com um copo na mão e ao seu lado esquerdo, o lendário e folclórico "Caverinha". Também podemos ver, o farmacologista "Seu Nô" (o segundo no canto esquerdo da foto).

foto: http://www.defatosefotos.hpg.com.br

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

COMO ERA LINDA A NOSSA FONTE



Escreveu o amigo Tino, quando na época eu estava na terra dos bandeirantes: "Cleudimar, esta vista é para você mostrar aos paulistas um trecho de nossa cidade. Ok!" Ironicamente hoje, no trecho descrito por Tino, não vê fonte, não vê flores, não vê luzes, não se vê cores, e quase não se vê nada. Apenas o coreto e as lembranças de um local que apaixonou e encantou os olhos de todos cajazeirenses. Um certo trecho da cidade que ficou conhecido como Praça da Cultura.

foto: AMBROSIANA/Livraria Rio Piranhas - Tavares Fotografias

domingo, 3 de agosto de 2008

ARTE NA PRAÇA



Década de 80. Aqui os artistas plásticos Marcos Pê, Cleudimar e Telma Cartaxo, trabalham na montagem de mais uma das Exposiçãos Coletivas de Artes realizada pelo Núcleo de Artes da UFPB. Desta feita, ao ar livre na Praça da Cultura. A exposição fez parte da programação da XXII Semana Universitária de Cajazeiras.

NOS TEMPOS DA AUC



As semanas universitárias realizadas em Cajazeiras, oferecia a cidade uma semana de eventos culturais, como: palestras, seminários, exposições de artes, teatro, cinema, feira de artesanato, festival da canção e da poesia; torneios esportivos e bailes no Cajazeiras Tênis Clube, onde bandas da época como: Placa Luminosa, Impacto 5, Os Terríveis e Tuareg's, eram presenças obrigatórias e marcantes, que animavam as noites de festas de encerramento das Semanas Universitárias. 

Realizadas entre os começos dos anos 70 até o meio da década de 80, elas trouxeram a cajazeiras pessoas importantes das artes paraibanas e figurões da política estadual e nacional a exemplo de Ronaldo Cunha Lima e Roberto Freire, que durante os anos de chumbo, tornaran-se críticos ferrenhos do regime militar e mais tarde, galoparam no processo politico em prol da redemocratização do país. 

Os universitários com suas filmadoras Rolleiflex na mão e engajados com o pensamento “glauberrochiano”, enquadrou na cidade o debate sobre o cinema novo e no chamado ideais libertários, já que vivíamos em uma ditadura militar, protagonizada por sucessivos governos militares instalados, a partir de 1964, em Brasília. Daí vieram as exibições dos filmes de artes na Biblioteca Pública Municipal e a posterior fundação do Cine Clube Vladimir Carvalho. Bons tempos da AUC - Associação Universitária de Cajazeiras. 

Na semana universitária que foi realizada entre os dias 14 e 21 de julho de 1973, a AUC – Associação Universitária de Cajazeiras, mandou gravar nos estúdios da fábrica de disco Rozenblit, em Recife, um compacto simples com os hinos da AUC, com letra de Zélio Furtado da Silva e música de Custódio Feitosa, bem como um hino a Padre Rolim, com letra de Padre Gervásio Coelho e música do maestro Esmerindo Cabrinha. 

O disco compacto, não foi colocado à venda, mas distribuído gratuitamente para os universitário-sócio da AUC, escolas, emissoras de rádios, clubes sociais e pessoas consideradas (importantes) na cidade de Cajazeiras. Quem tiver guardado em casa, esse pequeno vinil, tem um tesouro, pois já se passaram 35 anos.

...e as semanas universitárias tinha um hino que a gente cantava assim:

Cajazeiras cidade que ensina 
Não esquece a sua tradição 
Anualmente realiza 
Uma grande promoção 

Semana universitária 
É integração 
Da cultura, do esporte e diversão 
Do universitário com o homem do sertão

Lá, lá, lá, ah, ah, ah...

Reunimos com paz e amor
E unidos com todos as irmãos
Alegria, alegria
Palpitando os corações

Semana universitária 
É integração 
Da cultura, do esporte e diversão 
Do universitário com o homem do sertão

Lá, lá, lá, ah, ah, ah...

Paraíba e todos Nordeste
Vive nossa realização
A AUC lhe agradece 
a sua participação

Semana universitária 
É integração 
Da cultura, do esporte e diversão 
Do universitário com o homem do sertão

Lá, lá, lá, ah, ah, ah...
Lá, lá, lá, ah, ah, ah...




INFORMAÇÕES SOBRE OS ANEXOS:

1. Cartaz de umas das semanas universitárias realizada em Cajazeiras. O cartaz foi produzido pela gráfica do Armazém Paraíba e Teresina-PI. Acervo: Cleudimar Ferreira.
2. Vídeo do acervo de Heraciel de Souza, publicado no youtube, mostra como era as Gincanas durantes as Semanas Universitárias.
3. Capa e contracapa do Compacto Simples, bem como os lado a A e B do disco, com os hinos da AUC e do Padre Rolim, gravado nos esdúdios da Rozenblit, Recife-PE.
4. Uma das páginas de um folder, com parte da programação de umas das semanas universitarias realizada entre os anos 1966-1971. Destaque na programação cultural: Palestra com o Governador João Agripino Apresentação da peça teatral "Morto sem Sepultura" e a exibição em um dos cinema locais do filme de arte: Divórcio à Italiana" de Pietro Germi. 
5. Marcílio Cartaxo, Antonio Rangel, Irlem Guimarães e Valiomar Rolim, durante o intervalo de uma das festas que sempre acontecia no Cajazeiras Tênis Clube, no encerramento das Semanas Universitárias. 

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sábado, 2 de agosto de 2008

COLÉGIO COMERCIAL, ONTE E HOJE.


No final da década de 60 e início dos anos 80, o Colégio Comercial Municipal Mosenhor Constantino Vieira, foi responsável pela formação de profissionais em contabilidade, objetivando subrir a demanda de um comércio em franco espansão no alto sertão. Aqui duas fotos. O "Comercial" do passado, com arquitetura símples, porém presente o romantismo de uma época e o "Comercial" de hoje, uma caixa pessada e fechada, sem a leveza e a simplicidade da antiga sede.

foto: (preto/branco) http://www.defatosefotos.hpg.com.br foto: (cor) meramente ilustrativa

sábado, 26 de julho de 2008

OUTRA VEZ, S.O.S EDIFÍCIO OK


Veja como está hoje o tradicional Edifício Ok!


O Edifício Ok foi uma das primeiras áreas de lazer social da cidade. Nele já funcionou o Excelsior Club, Sorveteria, Salão de Bilhar e uma Barbearia. Foi construído por José Lira, em 1936, com o objetivo de instalar um cinema (o hoje o desativado Cine Éden) e um espaço para realização de festas. Era nele que a juventude cajazeirense das décadas de 50 e 60, se encontravam para curtir o som dos grandes nomes da Jovem Guarda e tomar uma cervejinha gelada nas badaladas tardes de domingos, onde tudo acontecia em torno do clube e do cinema. Eram tardes regadas à brilhantina, Chanel e pó compacto. Nos dias de hoje, abandonado, o prédio agoniza e caminha vagarosamente em direção as ruínas e todos veem e não fazem nada.


Foto registra como foi a inauguração do Edifício OK em 1936.



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domingo, 13 de julho de 2008

João, carnaval e suco de cajá.



Dos artistas integrantes do antigo Atelier de Artes do NAC - Núcleo de Extensão Cultural da UFPB/Cajazeiras, João Braz, sem dúvida o que mais se destacou na ornamentação de eventos. Na imagem acima, está uma prova do seu talento, num projeto visual para o carnaval moderno da cidade de Padre Rolim. Decoração como essa, não se costuma ver com freqüência na Marquez de Sapucai e nem no circuito Barra-Ondina em Salvador.


sábado, 12 de julho de 2008

OS BRAÇOS ABERTOS DO CRISTO



Final de verão, véspera de inverno. Uma mistura de por do sol e céu nublado deixava o nosso cristo assim... lindo, verde amarelado. Era como se "Ele" fosse abraçar as nuvens carregadas de chuvas que traziam esperança a todos sertanejos, anuciando a chegado do inverno no Sertão.

PRAÇA CORAÇÃO DE JESUS




Praça Coração de Jesus. Anos 50. Que lindo, que momento mágico. A direita em primeiro plano, está a imponente esquina onde hoje é a Daniele Boutique. Bem lá no fundo, na outra esquina a direita da foto, o antigo Armazém Bandeirante com o seu concorrente Armazém São Paulo à esquerda. No meio, o saudoso pé de trapiá. O mais... Jippes, Marinetes, homens, mulheres e o céu como testemunha desse momento sublime de uma Cajazeiras saudosa, que nós traz lembranças de um passado romântico, onde a vida tinha mais sentido e passava lenta com a simplicidade da cidade.







ESQUINA DA DANIELE



De tudo que restou da arquitetura antiga de Cajazeiras, o prédio de esquina onde está as instalações da Daniele Boutique é sem duvida um orgulho para todos nos cajazeirense. Em estilo neoclássico e linhas arrojadas que lembra a velha arquitetura colonial cubana. A antiga construção resistiu o tempo e tem encantados os olhos de quem visita a cidade. Tomara que a proprietária da loja conserve-o distante do fantasma da demolição por muito anos.


Cajazeiras Tênis Clube

crêdito da foto: www.defatosefotos.hpg.com.br 

As décadas de 70 e 80, foram períodos dos grandes carnavais em Cajazeiras e dos tradicionais bailes de encerramentos das semanas universitárias, dois eventos anuais que eram, sempre, realizados nas dependências do Cajazeiras Tenis Clube. As festas universitárias, como eram popularmente chamados esses bailes, tinha como principais atrações as bandas Impacto 5, Tuareg's, Ogírio Cavalcanti e a banda paulistana Placa Luminosa. Mesmo havendo na cidade outros espaços e clubes sociais - como por exemplo o Clube 1º de Maio, que poderia muito bem servir também como local para realização dos bailes, os universitários preferiam o Tênis Clube, por ser maior e oferecer as melhores acomodações. Atrações de uma época que deixou saudades.

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Os Carrões do Tênis Clube

foto: www.defatosefotos.hpg.com.br

Anos 60. Em dias de grandes festas e badalações no Cajazeiras Tênis Clube, figuras de destaques da sociedade emergente da cidade, costumava exibir seus carrões na frente do principal clube de Cajazeiras. O sodalício era o point das tradicionais famílias, formada por latifundiários, fazendeiros, usineiros, profissionais liberais e grandes comerciantes. Especificamente nas noites dos grandes bailes, essa gleba social, geralmente, não costuma se juntar aos menos economicamente formados, também não interagia ou frequentava clubes e espaços sociais dos mais pobres.



sábado, 5 de julho de 2008

Você Viu a Fumaça do Trem?


Vista geral da Estação, trilhos e trem. Ao fundo, a Catedaral de 
Nossa Senhora da Piedade


Bons tempos do trem. Do trem que fazia linha de Cajazeiras a Antenor ou vice-versa. Do trem que tragava fumaça e que fazia Piuí, Piuí, Piuí... Do trem que andava nos trilhos. Do trem de Heitor (caipira) Villa-Lobos. Do trem que cortava a paisagem árida do sertão. Do trem que deixou saudades. Do meu trem que se foi e não voltou. Quem viu o trem? Você viu? Imagine só se ele aparecesse de repente, fantástico, voando pelos trilhos fantasmas arrancados pela insensatez dos homens. Se voltasse soltando fumaça pelas ruas de Cajazeiras, como aquela máquina extraordinária do Dr. Emmett Brown - Christopher Lloyd, na trilogia de "De Volta Para o Futuro", do diretor Robert Zemeckis. Ou se ele surgisse do nada nos céus da cidade ou viesse no breu da sala de exibição do Cine Éden, saíndo da tela para plenitude da Praça João Pessoa, parecendo aquele trem da primeira exibição de cinema feita em 1895, em um café em Paris, pelos irmãos "Lumiére". Imagine!... 

Bilhete com número de série, destinado os passageiros 
de segunda classe, que viajava de 
Santa Helena a Cajazeiras.

A velha Estação de Cajazeiras já sem os trilhos 

A máquina a vapor e os funcionários da Rede Ferroviária


 
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foto 1. direitos: acervo particular de Solidônio Lacerda (Rio de Janeiro)

JOÃO BOSCO BRAGA BARRETO



O advogado praticante e político cajazeirense João Bosco Braga Barreto (Bosco Barreto), in memoriam, foi uma voz isolada a gritar por melhores condições de vida para população sertaneja, que nos idos anos 70, enfrentaram sucessivas secas e o abandono, quase por completo, pelas autoridades públicas.

Bosco foi também, uma referência na luta contra a ditadura militar no interior paraibano. Isso tudo lhe rendeu uma derrota (que ficou caracterizada como fraude eleitoral) a prefeito de cajazeiras, para seu opositor Antonio Quirino de Moura; uma eleição em 74 para Deputado Estadual, com 9.326 votos; uma Suplência de Senador em 86, com 40.723 votos obtidos em todo Estado e, uma prisão por agentes da Polícia Federal, no centro comercial de Cajazeiras, acusado de ser um comunista, subversivo e agitador.

Inteligente, bom orador, conhecedor dos problemas sociais da Região Nordeste e da sua terra, o seu mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba, foi marcado pela dobradinha feito com o então Deputado Rui Gouveia, onde fortes discursos dos dois foram feitos contra o sistema político vigente na época e os sucessivos governos militares, que se revezava na administração pública da união, a partir de 64.

Imagem de Bosco Barreto, provavelmente no peiodo da prisão

A Prisão de Bosco Barreto
porRui Leitão

Bosco Barreto, advogado e político cajazeirense, destacou-se nas décadas de 70 e 80 pela atuação destemida e firme em defesa de melhores condições de vida para a população sertaneja. Foi uma voz aguerrida na Assembleia Legislativa da Paraíba ao tempo em que exerceu o mandato de deputado estadual (1975/78), credenciando-o a disputar a eleição para senador pela sublegenda do MDB. Havendo sido o segundo mais votado do seu partido, passou a ser suplente do senador eleito, Humberto Lucena.

Em 1981, quando da visita do Ministro Mário Andreazza à Paraíba, em missão oficial do governo para observar a crise social provocada pela seca, Bosco fez um forte pronunciamento crítico à atuação daquela autoridade e do governador Tarcísio Burity, no trato das questões relacionadas ao flagelo da seca em nosso Estado.

Foi o suficiente para que se visse indiciado em inquérito baseado na Lei de Segurança Nacional, por ofensa à dignidade do Ministro e do Governador e incitamento implícito ao saque de bancos oficiais. Convocado várias vezes para depor, Bosco Barreto não compareceu às audiências. Em razão disso, teve sua prisão decretada, o que aconteceu na manhã de 23 de julho, em Cajazeiras, de onde foi conduzido para o Departamento da Polícia Federal, em João Pessoa.

A notícia agitou os meios políticos paraibanos. Ao chegar à sede da Polícia Federal, após cumprir os procedimentos de exame de corpo de delito no IML, disse que não iria prestar nenhum depoimento porque considerava sua prisão ilegal. Manteve-se assim durante o tempo em que esteve preso, recusando-se a responder às perguntas que lhe foram feitas no interrogatório, reafirmando seu propósito de só falar na Justiça Militar, em Recife.  Não aceitou as refeições oferecidas, ensaiando a deflagração de uma greve de fome.

No entanto, logo que tomou conhecimento da prisão, o senador Humberto Lucena enviou telegrama ao Ministro da Justiça, Abi-Ackel, lamentando a ocorrência “pelo simples fato de não haver atendido às intimações para depor em processo que o enquadrava na LSN, face à sua firme e decidida atuação em defesa de justas e legitimas reivindicações da população sertaneja, atingida pela seca no terceiro ano consecutivo”.

Foi grande a movimentação na Polícia Federal, recebendo a visita de lideranças como Pedro Gondim, Antônio Mariz, Carneiro Arnaud, Ruy Gouveia, entre outros. A forte ação política permitiu que sua prisão fosse relaxada na manhã seguinte, logo após seu interrogatório, ainda que tivesse se mantido calado.

Em sua cidade natal, Cajazeiras, a população promovia um ato público em protesto à sua prisão. Ao ser informada da sua soltura, decidiu esperar o seu retorno, oportunidade em que foi recebido efusivamente por seus conterrâneos.

O episódio mais uma vez marcou a personalidade corajosa e combativa dessa liderança política que fez história no sertão paraibano.


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9º Festival de Artes da Paraíba

acervo: Cleudimar Ferreira

9º Festival de Artes da Paraíba, um evento artístico cultural que aglutinou as artes plásticas, a literatura, o cinema, a música, o folclore, o teatro, a arquitetura e urbanismo. Realizado pelo Governo do Estado da Paraíba em Cajazeiras, entre os dias 31 de agosto e 7 de setembro de 1985, para o homenagear o cantor e compositor cajazeirense Zé do Norte. A arte do cartaz foi de autoria do artista plástico pessoense Fred Svendsen.




VAI ANDORINHA VAI LIGEIRO...

Eliete Rodrigues Alves na porta de um dos ônibus da frota


"Vai andorinha vai ligeiro..." Anunciava o jingle rodado diariamente nas rádios Cajazeiras e Alto Piranhas. Na parta do ônibus, a senhora Eliete Rodrigues Alves, filha do empresário João Rodrigues Alves, dono da empresa Expresso Viação Andorinha. A empresa foi uma das pioneiras no transporte de passageiros do sertão de Cajazeiras à João Pessoa, capital do Estado.



João Rodrigues Alves ao lado de Raimundo Ferreira

Chaveiro com a logo da empresa





foto: http://www.defatosefotos.hpg.com.br

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ARTISTAS DE CAVALETES


Fotos Francisco Pereira Júnior. 
Acervo: Cleudimar Ferreira

Década de 80. Integrantes do Atelier de Artes do NAC/UFPB-Cajazeiras, durante um trabalho de pesquisa sobre a "arte em lameira de caminhões". As três fotos mostra os Artistas Plásticos: Salvinho, Cleudimar, João Braz, Talma Cartaxo e Larrubia Caldas. Dt/foto tirada pelo Artista Plástico e Profº da UFPB Chico Pereira. Na época Chico Pereira, a trabalho, representando a COEX/UFPB, visitava o Atelier de Artes do Campus V/UFPB - Cajazeiras.


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fotos: Francisco (Chico) Perreira Júnior. acervo: Cleudimar Ferreira

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Punks, New Waves, Velôs, Etc.





Escreveu, certa vez Caetano Veloso no Bicho de 1977: Deixa eu dançar, pro meu corpo ficar odara. Minha cara, minha cuca ficar odara. Deixa eu cantar, que é pro mundo ficar odara. Pra ficar tudo joia rara. Qualquer coisa que se sonhara. Canto e danço que dará. Daí, mesmo não sendo lá tão conveniente e nem em boas acomodações, o belo não teria a unanimidade e, por isso, a odara não foi permitida. Talvez porque ainda vivêssemos o chorume da repressão militar e a perseguição da censura, liderada pelos seguidos donos de tudo, vindos pós golpe de 1964. 

Por conseguinte, depois do mormaço do 40, disseram também a mim, que em um baú não só tem poeira não. Mesmo com todo mofo, eles insistiram, mas afirmaram, porém: Tem passado, tem presente, tem poesia, tem saudades. Tem lembranças... Tem amarelo na cara, fotografias desbotadas e bem datadas.

E foi botando a mão sem querer no meu matulão, que encontrei e puxei o panfleto acima. Amarelado e manchado; cheirando a mofo e velhinho; não sei afirmar o que vi, nem o que não vi, nem o que queria ver, nem o que estava escrito, nem tão pouco o que aconteceu naquele dia 16 de junho de 1984. Pois um zepelim, sobrevoou nos céus das cajazeiras e espalhou o véu do Aracati, sobre a Curicaca, que nunca mais cantou.

E se foi assim o muco, o moco, o breu do sétimo dia. Se ligue nos olhos da cobra verde e na página datilografada, mimeografada e procure saber. E se você não viveu, viva virtualmente, click na imagem acima e viaje no universo cosmopolita, contemporâneo da literatura cajazeirense dos anos 80.

porCleudimar Ferreira 

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sábado, 28 de junho de 2008

A PONTE DOS DESERDADOS

Visão geral da antiga ponte e a sangria em época de inverno. 


a ponte das noites nuas
fez ponto num ponto 
onde o sol poente desdém
vermelhou as águas do grande lago

e as picaretas surgiram
quando a tarde viu chorar
os deserdados do lírio

no lamento sombrio há vil
o por do sol já sem vida
fechou os olhos
e partiu.

Cleudimar Ferreira

Visita do governador Ivan Bichara a ponte e ao antigo sangradouro

Foto do Governador Ivan Bechara Sobreira e Esposa "in visit" a velha ponte do sangradouro do açude grande de Cajazeiras. Nesse mesmo dia, o governador assinou um convênio com a prefeitura para construção do canal de escoamento das águas do velho açude.

Perplexos olhares sem ânimo ver a derrubada da velha ponto. Foto: João Bosco.


Após a construção do canal, veio a destruição da mesma - como se vê na fotografia acima. Uma ação costurada dentro da Câmara Municipal da cidade, pelo Vereador João de Manuelzinho e executado pelo então Prefeito Epitácio Leite Rolim, sob pretexto de que a "mesma" trazia perigo ao açude, já que não facilitava a descida da vegetação aquática que era trazida pelas águas em direção a ponte e encalhava nas colunas de sustentação, impedindo a sangria das águas em épocas de grandes cheias. No centro da foto, de calção vermelho e camisa azul está o vereador João de Manoelzinho.


O então vereador Raimundo Júnior e a nova ponte construída.

E assim... Quase um década depois, a ponte foi reconstruída.

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