sábado, 26 de julho de 2008

OUTRA VEZ, S.O.S EDIFÍCIO OK


Veja como está hoje o tradicional Edifício Ok!


O Edifício Ok foi uma das primeiras áreas de lazer social da cidade. Nele já funcionou o Excelsior Club, Sorveteria, Salão de Bilhar e uma Barbearia. Foi construído por José Lira, em 1936, com o objetivo de instalar um cinema (o hoje o desativado Cine Éden) e um espaço para realização de festas. Era nele que a juventude cajazeirense das décadas de 50 e 60, se encontravam para curtir o som dos grandes nomes da Jovem Guarda e tomar uma cervejinha gelada nas badaladas tardes de domingos, onde tudo acontecia em torno do clube e do cinema. Eram tardes regadas à brilhantina, Chanel e pó compacto. Nos dias de hoje, abandonado, o prédio agoniza e caminha vagarosamente em direção as ruínas e todos veem e não fazem nada.


Foto registra como foi a inauguração do Edifício OK em 1936.



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domingo, 13 de julho de 2008

João, carnaval e suco de cajá.



Dos artistas integrantes do antigo Atelier de Artes do NAC - Núcleo de Extensão Cultural da UFPB/Cajazeiras, João Braz, sem dúvida o que mais se destacou na ornamentação de eventos. Na imagem acima, está uma prova do seu talento, num projeto visual para o carnaval moderno da cidade de Padre Rolim. Decoração como essa, não se costuma ver com freqüência na Marquez de Sapucai e nem no circuito Barra-Ondina em Salvador.


sábado, 12 de julho de 2008

OS BRAÇOS ABERTOS DO CRISTO



Final de verão, véspera de inverno. Uma mistura de por do sol e céu nublado deixava o nosso cristo assim... lindo, verde amarelado. Era como se "Ele" fosse abraçar as nuvens carregadas de chuvas que traziam esperança a todos sertanejos, anuciando a chegado do inverno no Sertão.

PRAÇA CORAÇÃO DE JESUS




Praça Coração de Jesus. Anos 50. Que lindo, que momento mágico. A direita em primeiro plano, está a imponente esquina onde hoje é a Daniele Boutique. Bem lá no fundo, na outra esquina a direita da foto, o antigo Armazém Bandeirante com o seu concorrente Armazém São Paulo à esquerda. No meio, o saudoso pé de trapiá. O mais... Jippes, Marinetes, homens, mulheres e o céu como testemunha desse momento sublime de uma Cajazeiras saudosa, que nós traz lembranças de um passado romântico, onde a vida tinha mais sentido e passava lenta com a simplicidade da cidade.







ESQUINA DA DANIELE



De tudo que restou da arquitetura antiga de Cajazeiras, o prédio de esquina onde está as instalações da Daniele Boutique é sem duvida um orgulho para todos nos cajazeirense. Em estilo neoclássico e linhas arrojadas que lembra a velha arquitetura colonial cubana. A antiga construção resistiu o tempo e tem encantados os olhos de quem visita a cidade. Tomara que a proprietária da loja conserve-o distante do fantasma da demolição por muito anos.


Cajazeiras Tênis Clube

crêdito da foto: www.defatosefotos.hpg.com.br 

As décadas de 70 e 80, foram períodos dos grandes carnavais em Cajazeiras e dos tradicionais bailes de encerramentos das semanas universitárias, dois eventos anuais que eram, sempre, realizados nas dependências do Cajazeiras Tenis Clube. As festas universitárias, como eram popularmente chamados esses bailes, tinha como principais atrações as bandas Impacto 5, Tuareg's, Ogírio Cavalcanti e a banda paulistana Placa Luminosa. Mesmo havendo na cidade outros espaços e clubes sociais - como por exemplo o Clube 1º de Maio, que poderia muito bem servir também como local para realização dos bailes, os universitários preferiam o Tênis Clube, por ser maior e oferecer as melhores acomodações. Atrações de uma época que deixou saudades.

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Os Carrões do Tênis Clube

foto: www.defatosefotos.hpg.com.br

Anos 60. Em dias de grandes festas e badalações no Cajazeiras Tênis Clube, figuras de destaques da sociedade emergente da cidade, costumava exibir seus carrões na frente do principal clube de Cajazeiras. O sodalício era o point das tradicionais famílias, formada por latifundiários, fazendeiros, usineiros, profissionais liberais e grandes comerciantes. Especificamente nas noites dos grandes bailes, essa gleba social, geralmente, não costuma se juntar aos menos economicamente formados, também não interagia ou frequentava clubes e espaços sociais dos mais pobres.



sábado, 5 de julho de 2008

Você Viu a Fumaça do Trem?


Vista geral da Estação, trilhos e trem. Ao fundo, a Catedaral de 
Nossa Senhora da Piedade


Bons tempos do trem. Do trem que fazia linha de Cajazeiras a Antenor ou vice-versa. Do trem que tragava fumaça e que fazia Piuí, Piuí, Piuí... Do trem que andava nos trilhos. Do trem de Heitor (caipira) Villa-Lobos. Do trem que cortava a paisagem árida do sertão. Do trem que deixou saudades. Do meu trem que se foi e não voltou. Quem viu o trem? Você viu? Imagine só se ele aparecesse de repente, fantástico, voando pelos trilhos fantasmas arrancados pela insensatez dos homens. Se voltasse soltando fumaça pelas ruas de Cajazeiras, como aquela máquina extraordinária do Dr. Emmett Brown - Christopher Lloyd, na trilogia de "De Volta Para o Futuro", do diretor Robert Zemeckis. Ou se ele surgisse do nada nos céus da cidade ou viesse no breu da sala de exibição do Cine Éden, saíndo da tela para plenitude da Praça João Pessoa, parecendo aquele trem da primeira exibição de cinema feita em 1895, em um café em Paris, pelos irmãos "Lumiére". Imagine!... 

Bilhete com número de série, destinado os passageiros 
de segunda classe, que viajava de 
Santa Helena a Cajazeiras.

A velha Estação de Cajazeiras já sem os trilhos 

A máquina a vapor e os funcionários da Rede Ferroviária


 
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foto 1. direitos: acervo particular de Solidônio Lacerda (Rio de Janeiro)

JOÃO BOSCO BRAGA BARRETO



O advogado praticante e político cajazeirense João Bosco Braga Barreto (Bosco Barreto), in memoriam, foi uma voz isolada a gritar por melhores condições de vida para população sertaneja, que nos idos anos 70, enfrentaram sucessivas secas e o abandono, quase por completo, pelas autoridades públicas.

Bosco foi também, uma referência na luta contra a ditadura militar no interior paraibano. Isso tudo lhe rendeu uma derrota (que ficou caracterizada como fraude eleitoral) a prefeito de cajazeiras, para seu opositor Antonio Quirino de Moura; uma eleição em 74 para Deputado Estadual, com 9.326 votos; uma Suplência de Senador em 86, com 40.723 votos obtidos em todo Estado e, uma prisão por agentes da Polícia Federal, no centro comercial de Cajazeiras, acusado de ser um comunista, subversivo e agitador.

Inteligente, bom orador, conhecedor dos problemas sociais da Região Nordeste e da sua terra, o seu mandato na Assembleia Legislativa da Paraíba, foi marcado pela dobradinha feito com o então Deputado Rui Gouveia, onde fortes discursos dos dois foram feitos contra o sistema político vigente na época e os sucessivos governos militares, que se revezava na administração pública da união, a partir de 64.

Imagem de Bosco Barreto, provavelmente no peiodo da prisão

A Prisão de Bosco Barreto
porRui Leitão

Bosco Barreto, advogado e político cajazeirense, destacou-se nas décadas de 70 e 80 pela atuação destemida e firme em defesa de melhores condições de vida para a população sertaneja. Foi uma voz aguerrida na Assembleia Legislativa da Paraíba ao tempo em que exerceu o mandato de deputado estadual (1975/78), credenciando-o a disputar a eleição para senador pela sublegenda do MDB. Havendo sido o segundo mais votado do seu partido, passou a ser suplente do senador eleito, Humberto Lucena.

Em 1981, quando da visita do Ministro Mário Andreazza à Paraíba, em missão oficial do governo para observar a crise social provocada pela seca, Bosco fez um forte pronunciamento crítico à atuação daquela autoridade e do governador Tarcísio Burity, no trato das questões relacionadas ao flagelo da seca em nosso Estado.

Foi o suficiente para que se visse indiciado em inquérito baseado na Lei de Segurança Nacional, por ofensa à dignidade do Ministro e do Governador e incitamento implícito ao saque de bancos oficiais. Convocado várias vezes para depor, Bosco Barreto não compareceu às audiências. Em razão disso, teve sua prisão decretada, o que aconteceu na manhã de 23 de julho, em Cajazeiras, de onde foi conduzido para o Departamento da Polícia Federal, em João Pessoa.

A notícia agitou os meios políticos paraibanos. Ao chegar à sede da Polícia Federal, após cumprir os procedimentos de exame de corpo de delito no IML, disse que não iria prestar nenhum depoimento porque considerava sua prisão ilegal. Manteve-se assim durante o tempo em que esteve preso, recusando-se a responder às perguntas que lhe foram feitas no interrogatório, reafirmando seu propósito de só falar na Justiça Militar, em Recife.  Não aceitou as refeições oferecidas, ensaiando a deflagração de uma greve de fome.

No entanto, logo que tomou conhecimento da prisão, o senador Humberto Lucena enviou telegrama ao Ministro da Justiça, Abi-Ackel, lamentando a ocorrência “pelo simples fato de não haver atendido às intimações para depor em processo que o enquadrava na LSN, face à sua firme e decidida atuação em defesa de justas e legitimas reivindicações da população sertaneja, atingida pela seca no terceiro ano consecutivo”.

Foi grande a movimentação na Polícia Federal, recebendo a visita de lideranças como Pedro Gondim, Antônio Mariz, Carneiro Arnaud, Ruy Gouveia, entre outros. A forte ação política permitiu que sua prisão fosse relaxada na manhã seguinte, logo após seu interrogatório, ainda que tivesse se mantido calado.

Em sua cidade natal, Cajazeiras, a população promovia um ato público em protesto à sua prisão. Ao ser informada da sua soltura, decidiu esperar o seu retorno, oportunidade em que foi recebido efusivamente por seus conterrâneos.

O episódio mais uma vez marcou a personalidade corajosa e combativa dessa liderança política que fez história no sertão paraibano.


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9º Festival de Artes da Paraíba

acervo: Cleudimar Ferreira

9º Festival de Artes da Paraíba, um evento artístico cultural que aglutinou as artes plásticas, a literatura, o cinema, a música, o folclore, o teatro, a arquitetura e urbanismo. Realizado pelo Governo do Estado da Paraíba em Cajazeiras, entre os dias 31 de agosto e 7 de setembro de 1985, para o homenagear o cantor e compositor cajazeirense Zé do Norte. A arte do cartaz foi de autoria do artista plástico pessoense Fred Svendsen.




VAI ANDORINHA VAI LIGEIRO...

Eliete Rodrigues Alves na porta de um dos ônibus da frota


"Vai andorinha vai ligeiro..." Anunciava o jingle rodado diariamente nas rádios Cajazeiras e Alto Piranhas. Na parta do ônibus, a senhora Eliete Rodrigues Alves, filha do empresário João Rodrigues Alves, dono da empresa Expresso Viação Andorinha. A empresa foi uma das pioneiras no transporte de passageiros do sertão de Cajazeiras à João Pessoa, capital do Estado.



João Rodrigues Alves ao lado de Raimundo Ferreira

Chaveiro com a logo da empresa





foto: http://www.defatosefotos.hpg.com.br

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ARTISTAS DE CAVALETES


Fotos Francisco Pereira Júnior. 
Acervo: Cleudimar Ferreira

Década de 80. Integrantes do Atelier de Artes do NAC/UFPB-Cajazeiras, durante um trabalho de pesquisa sobre a "arte em lameira de caminhões". As três fotos mostra os Artistas Plásticos: Salvinho, Cleudimar, João Braz, Talma Cartaxo e Larrubia Caldas. Dt/foto tirada pelo Artista Plástico e Profº da UFPB Chico Pereira. Na época Chico Pereira, a trabalho, representando a COEX/UFPB, visitava o Atelier de Artes do Campus V/UFPB - Cajazeiras.


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fotos: Francisco (Chico) Perreira Júnior. acervo: Cleudimar Ferreira